obrigado, silva

O sr. silva veio elucidar-nos sobre as eleições europeias. E disse o sr. silva: “é muito fácil e muito cómodo ficar em casa”. Dessa parte sinceramente gostei. Estava com medo que o sofá estivesse avariado ou que se tivesse acabado a cerveja no frigorífico. E avisou que em tempo de crise “muitas das políticas e decisões que nos importam são tomadas a nível europeu”. Por fim, rematou: “quem não vota também não se pode queixar dessas políticas e dessas decisões.”

É pois para isso que existem as eleições. Para que não votemos. Para que não nos possamos queixar das decisões que são tomadas sobre o nosso destino. Pela UE ou por outra coisa qualquer. Boa, silva. Tens jeito para explicar estas coisas.

O resto decorre da explicação anterior. Candidatos sem interesse nenhum. Para um parlamento que nada é chamado a decidir. Ora foda-se. Mas claro, quem não vota também não se pode queixar das políticas e das decisões europeias. Nem das da Comissão do sr. barroso, que não elege. Nem das do BCE, que não elege. Nem das do Conselho Europeu do brown, do sarkozy, da merkel e do sílvio, que também não elege. Tudo isso graças a umas eleiçõezecas de merda em que nos dão a escolher entre o avô cantigas e o mãozinhas gordas. Belas eleições, valem bem o dinheiro. A nós não nos enganam. Nós não abdicamos de reclamar das decisões. Nem do resto.


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