A General Motors faliu. GM, símbolo maior dos EUA, a pátria do automóvel. Símbolo histórico da gestão, por Albert Sloan, o tal da Sloan School of Management. Grande até na queda, a quarta maior falência de sempre nos EUA: 172 mil milhões de dólares de dívida.
É sem dúvida o acontecimento da semana. Até há dois anos a GM era o maior construtor automóvel do mundo. Já foi a maior empresa do mundo. Líder mundial de vendas de 1931 a 2007. Lider mundial nos automóveis, o produto industrial de consumo (excluindo habitação) que absorve maior parcela do salário.
O obama fez da indústria automóvel centro da campanha. A GM não podia morrer logo a seguir à eleição. Tinha que esperar uns meses. Já está. Agora é fazer o povo acreditar que a seguir à morte vem a ressurreição. O povo acredita em tudo.
Na verdade, como se disse aqui no chornal, a China ultrapassou há dois meses o número de carros produzidos nos EUA. A GM está bem no Brasil e na China, embora presa às responsabilidades da casa mãe. Na europa, a GM (Opel e Vauxhall) foi entregue aos locais, no resto do mundo poderá acontecer o mesmo.
O tamanho e a centralidade da GM na economia americana faziam dela uma empresa invulnerável. Aos invulneráveis, tudo é permitido. Todos os disparates se podem fazer porque se sabe que no final, no final, a empresa não cairá. Portugal não tem empresas dessas, invulneráveis. Talvez tenha a Caixa Geral de Depósitos.
Who’s gonna tell you when it is too late?
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