Volta e meia sonho que o meu banco vai à falência e que deixo de pagar o empréstimo da casa… Nesse dia, vou logo a correr comprar um Porsche e duas gajas.
Mas os clientes do BPP estão lixados. Nem dinheiro, nem Porsches, nem gajas e, além disso, com dívidas fictícias de ocasião. E mesmo que as dívidas não sejam fictícias, estão numa posição ingrata: não têm acesso às suas poupanças, mas têm que continuar a pagar os empréstimos. Se quiserem liquidar os empréstimos com as poupanças não podem, porque estão congeladas. E com a ajuda do Estado (leia-se os truques que o Estado foi desenvolvendo durante anos na Direcção Geral das Contribuições e Impostos), o sucesso do BPP é garantido.
O Bloco de Esquerda devia comprar acções do BPP e tornar-se o seu accionista maioritário. Porquê? Porque o BPP conseguiu, por portas e travessas aquilo que o BE anda há anos a reclamar sem sucesso: taxar as grandes fortunas. Pura e simplesmente fê-las desaparecer.
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