Pobre país em que o estado presume que todo o cidadão é desonesto quer no trabalho quer na saúde (Exceptuando os nobres gestores de topo). Começando logo na forma como lidam com os seus próprios empregados.
Um país em que os tais gestores de topo partem do princípio de que os seus trabalhadores querem é “sacar”, aproveitando para isso o exemplo do tal estado. Esquecendo-se que eles próprios estão a “sacar” para remunerar o accionista.
No estado inverteram-se os papéis: as chefias do estado, em lugar de servir os cidadãos, serve-se deles esquecendo (e fazendo-nos esquecer) quem lhes paga os ordenados e as mordomias. E fazem-no através do uso incompetente dos dinheiros “sacados” a quem tem menos poder de reclamação.
Os gestores de topo vêm para a televisão falar e elogiar as medidas de desmaterialização e privatização dos sistemas de protecção dos cidadãos como se a sua existência fosse um anacronismo. Citando um colega de trabalho, “É fácil falar de fome quando se tem a barriga cheia”.
Faz falta outro Verão
“You are not superior just because you see the world in an odious light.”
– Visconde de Chateaubriand (o françês não o bife)
Deixe um comentário