Embora eu seja um europeísta convicto, sei distinguir a fé da realidade. E o António Vitorino parece que não sabe.
A Irlanda rejeitou o Tratado de Lisboa num referendo, em Junho antes da recente crise económica se desvendar.
Neste momento, a Irlanda passa pela maior crise dos países europeus a seguir à Islândia.
Nestas condições, só um lunático é que pode acreditar na aprovação do Tratado de Lisboa este ano, por referendo, na Irlanda.
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A crise tem as costas largas. É como os escazelados dos piratas do corno de África.
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Quem pôs os cornos ao África? Foi a mulher dele?
Provavelmente vamos assistir a uma transferência gigantesca de fundos da Europa para a Irlanda, para o povo irlandês perceber que a Europa é “boa”. (Com uma cláusula em letras pequeninas a dizer que se o referendo falhar, o dinheiro volta para trás.)
Se for assim, até acredito.
Depois passa a haver o Corno da Irlanda, com piratas?
Piratas ali não acredito, porque o mar é mau e a água é fria.
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