Ou, em estrangeiro, “There is no sin except stupidity” lá dizia o Oscar.
Lidamos com a estupidez diariamente, nos empregos, com amigos e família, nós próprios somos capazes de actos literalmente estúpidos.
O grave da questão são os actos estúpidos dos poderosos. Sentados nos seus tronos longínquos sentem-se impunes à sua estupidez mascarando-a de autoridade.
Pior, conseguem contratar um conjunto de arautos “habilitados” (by comentador in programa da TV das notícias) e bem pagos para lhes defenderem ou atacarem (mas civilizadamente, que cá nós somos brandinhos e detestamos revoluções) as acções, por mais estúpidas e inqualificaveis que sejam. Fazendo passar por “acidentes” o que seria considerado, se levado a cabo pelos “inimigo”, como um sangrento acto terrorista .
E nós, que papamos TV e jornais às colheradas, vamo-nos anestesiando c’a bola (o Europeu de sub-21, esse evento de solene importância), c’o Chelsea (tá lá o Mourinho, carago), com a 245.789ª intervenção à porta (ou na rua) da casa de onde desapareceu a pequenita (não há nada para dizer a não ser desinformação, mas o que é preciso é encher “pneus” e, quando não há, inventa-se) de tal forma, que se consegue perceber se andam a roubar pedras da calçada. Enfim, agora temos o debate que não debate à volta do tal do aeródromo que nunca mais é, e a magnifica compra do Desportivo de Carnide pelo art collector.
Ora face a este vastíssimo conjunto de preocupações que nos são martelados diariamente corremos o perigo de nos tornarmos pecadores a tempo inteiro fazendo engrossar ainda mais a família de estúpidos, sem capacidade nem vontade de resistir à arbitrariedade de quem ordena.
“Manda quem pode obedece quem deve”, dizia o outro.
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