enganaram-se nas contas

London Summit. Enganaram-se nas contas. Outra vez. Já começa a ser um vício. Os grandes, e os jornais que nos informam, enganaram-se no trilião de dólares.

Enganaram-se várias vezes. Para começar, o trilião é bilião, pelos motivos do costume. Depois, inclui uma parcela, quase metade, que já foi gasta. Com os resultados que conhecemos. O trilião inclui ainda parcelas repetidas. Boa! Algumas das maiores parcelas do trilião envolvem ainda a autorização, improvável, do congresso americano, uma vez que são para ajuda externa e os próprios EUA estão à rasca. Por fim, outra grande parcela do trilião envolve mais crédito, a disponibilizar pelo FMI, organização já tesa cujos destinos se começam a antever.

Para a história, o tamanho do sorriso dos credores foi proporcional à sua colaboração. Dinheiro árabe, zero, null, nill, niente. O japonês esboçou um sorriso forçado e ainda entrou com algum. Os chineses riram pouco, só um sorriso amarelo. Daquilo que mais se queria, dinheiro chinês, hão-de (?) vir 40 biliões, ou seja, 8000 milhões de contos. O dobro do que o estado português apostou nos seus próprios bancos. O dinheiro que dizem que os chineses trazem é suficiente para salvar a CGD, o BCP e o BES. O mundo está salvo. A cimeira foi um sucesso.
nytimes

P.S.: O futuro é óbvio. Os chineses emprestam algum mas em troca os ocidentais têm que abandonar os seus hábitos dietéticos e substituí-los por uma dieta mais adequada aos tempos de crise e provavelmente não menos saudável. Lições de cozinha microbiótica, dão-se aqui.


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