Esta é uma nova rubrica do chornal. Porque se chama notícias a sério? Porque a maior parte das coisas que correm nos media são notícias a brincar. São punhetices, coisas para entreter. Por exemplo, pensar, como o sr. soares e os nossos telejornais, que a reunião do G20 é uma notícia a sério é um disparate. É claro que é uma notícia a brincar. Toda a gente sabe que não é na reunião com aquela gente toda que as coisas se decidem. As reuniões não servem para decidir. Podem servir para detectar problemas, identificar ou marcar posições e servem certamente para legitimar decisões. Neste caso, não servem nem para isso. Servem apenas para legitimar os participantes demonstrando que estão fazendo algum esforço para encontrar soluções. Mas então se a reunião do G20 não é uma notícia a sério, o que é uma notícia a sério?
Notícias a sério são aquelas que apresentamos aqui como sendo notícias a sério. Esta é uma definição recursiva e, como sabemos, as definições recursivas, quando bem feitas, têm muita classe. Notícias a sério são aquelas que são realmente relevantes para o presente e para o futuro. A falência de Fanny Mae e Freddy Mac era uma notícia a sério. Foi anunciada aqui com o devido destaque quando nos restantes media nacionais foi ignorada ou se limitou a um cantinho de página. Hoje todos sabem que era uma notícia a sério. É de notícias dessas que é feita a rubrica “notícias a sério”.
P.S.: O buraco de Fannie Mae era mais de uma dúzia de vezes superior ao pacote do G20 no qual os ainda crédulos depositam esperanças.
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