Resistir à tortura

Ontem fui a mais uma aula de bricolage. O dentista voltou a usar cola de cianeto – será que foi a minha mulher que lhe encomendou o serviço? – mas o mais espantoso é que adormeci a meio do tratamento. Enquanto o homem se esforçava por esburacar o dente, acho que até ressonei. Acordei com ele a dar-me chapadas para eu sair da cadeira e pagar o serviço.

“O que é? Que horas são?”, e só mais tarde: “Quanto é que eu devo?”

Comecei a resonder a anúncios para terrorista e no meu currículo vai escrito: “Resistência comprovada à tortura”.


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