Os jornais dizem que o sr. sousa penhorou os salários de 200 000 pessoas. Coisa simpática, o homem é amigo. Dá muito jeito, o salário penhorado. Muito útil para quem quer pagar rendas, prestações, comida para a família, etc.
A vulgarização da medida, que contrasta com o respeito e cautela relativamente a outras formas de propriedade, diz muito sobre quem a toma. Diz que quem a toma é perigoso o suficiente para ameaçar o núcleo central da estabilidade familiar a troco da cobrança dos impostos. Os tais impostos que tão bem têm sido usados em favor de bancos e outros no mais completo e arbitrário desbarato de que há memória.
Os tais 200 000 resolveram juntar-se e formar um partido. É o partido dos penhorados, PP. Têm cerca de 5% dos votos. Teme-se que se juntem aos multados, um outro sector significativo da sociedade portuguesa, os que têm levado com todo o tipo de multas. Juntos formam o partido dos penhorados e multados, PPM, uma força política temível. Se a esses votos se juntarem os dos indignados, com tudo o que tem acontecido, formam o PPMI. O próximo governo arrisca-se a ter a maioria absoluta.
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