riot tourism

A agitação social está aí, fruto da crise. Na grécia, na islândia, na irlanda, na húngria, nos países bálticos. Com mais ou menos porrada. Estados à beira da insolvência e/ou com quedas brutais do pibe só podiam dar nisto. A agitação social é um fenómeno multifacetado. Liberta de princípios, de regras. Liberta para a infracção. Todos já sentimos uma vez ou outra vontade de fazer qualquer coisa menos conveniente. Meter conversa com uma desconhecida. Conduzir mascarado de macaco. Inverter um assalto. Ir à rua de ceroulas. Roubar as bolas de natal das montras. Mijar da varanda. Despejar detergente na fonte luminosa. Aviar um pontapé num cão a despropósito. Dar uma queca no elevador. Now is the time. A infracção é uma forma de superação. Do mesmo modo que a superação se arrisca a constituir uma forma de infracção. Ambas, superação e infracção, constituem o nosso destino inexorável.

Os momentos de agitação social estendem as fronteiras dos comportamentos socialmente aceitáveis. O 25 de abril foi a libertação dos presos, das cabeças, e, last but not the least, das xoxotas. Do 25 de abril, as TVs mostram as imagens dos presos libertados. O que não mostram as TVs é a quantidade de gajas que aproveitaram a revolução para arejar a rata. Muitas gajas vão arejar a rata nestas novas revoluções. Nada como uma revolução para papar umas gajas. As mulheres são assim, é aproveitar. Riot tourism, uma nova tendência. O nosso destino é, pois, ir a caminho da grécia, da islândia, da irlanda, da hungria, dos países bálticos e de inglaterra! Já! Hoje! E esperemos que a crise chegue cá! Depressa! E que seja grande!


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