Um cientologista qualquer daqueles que escreve nos jornais dizia há pouco tempo que a crise não poderia colocar em causa o sistema porque o sistema alternativo que lhe fazia frente, a URSS, tinha falido. Assim, o problema estava de certa forma resolvido. Ao presente sistema clepitalista estava garantida vitória por falta de comparência de qualquer adversário.
O dito sistema alternativo, representado ordeiramente pelos seus herdeiros, estaria condenado para a eternidade. E, como se isso não fosse pouco, estariam, com ele, também condenadas todas as formas de contestação, de não aceitação do clepitalismo. Wishful thinking…
Perguntaram-me outro dia como iam ser as eleições. Ganhará o sr. sousa, ganhará a sr. manuela? Ambas as vitórias constituem legitimação do clepitalismo em que vivemos. Pelo que a contestação ao clepitalismo estaria condenada a terminar. Wishful thinking…
A contestação social, uma vez nascida, sempre encontrou forma de se manifestar. Os camionistas, pioneiros da contestação, não precisaram de decidir pelo sr. sousa ou pela srª manuela, nem sequer pelos sistemas alternativos. O blogre diz que o povo unido não precisa de partidos. A realidade é mais profunda. O povo não precisa de partidos. Precisa é de coisas partidas, de partir coisas, isso sim!
The ancient sages said:
“do not despise the snake for having no horns, for who is to say it will not become a dragon?”
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