A OCDE publicou um estudo, [1], [2], segundo o qual as reformas teriam que se reduzir de 50%. Os jornais divulgam o referido estudo. Os jornais são incapazes de se interrogar sobre o rigor do estudo. Porque os jornais fazem parte da mesma máquina de propaganda. Uma máquina de propaganda que não precisa de grandes estudos, só mesmo de grandes notícias.
A OCDE foi completamente incapaz de prever a presente crise. É completamente incapaz de produzir soluções para a presente crise. Nem tenta. Nem se mete nisso. A única coisa que tem são recomendações contra os trabalhadores. E surge de repente com um grande trabalho. Diz que as reformas têm que baixar 50%. Todos conhecem aqueles alunos cábulas que nunca fizeram nada de jeito e de repente aparecem com um grande trabalho. O grande trabalho ou é copiado, ou é feito por outra pessoa, ou não é um grande trabalho.
Faça-se então um bom negócio. Baixem-se mesmo as reformas a sério. Não em 50%, mas em 100%. Acabou-se. Obviamente também não tencionamos pagar por elas. A partir de hoje, agora, já. É isto que a esquerda séria deve propor. Não há palhaço, também não há circo. Estamos fartos de ver o serviço reduzido pagando a mesma prestação. Acabe-se com o serviço e com a prestação. Ao menos não ficamos a pagar as reformas dos cadilhes, dos 3 anos do mira amaral na cgd, dos 12 anos de deputados, dos gajos que se reformam do banco de portugal com 40 e poucos anos e as 3 reformas do presidente. Acabe-se com as reformas. Acabe-se com a prestação. A OCDE ficará feliz. E nós também. Sobretudo nós.
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