Num filme de 1984, Razor Edge [1][2][3][4][5], o bill murray faz um percurso que se cruza com a crise de 29, o encontro com os movimentos operários europeus e a procura da espiritualidade na índia e no tibete. É um filme que fala, sem falar, de fazer aquilo que se quer. Desse filme guardo sobretudo a importância de lavar pratos como forma de desenvolvimento espiritual. Para outros, o climax do filme é o momento em que o protagonista, no alto de uma montanha, prestes a congelar, resolve trocar o conhecimento pelo calor simples de uma fogueira. A escassez tem por vezes essa virtude de mostrar claramente o que é essencial e o que é secundário ou ilusório.
Em inglaterra, durante anos e anos os pais deram medicamentos aos filhos por causa de gripes, constipações e porcarias menores. Lucro para as farmacêuticas, despesa para o consumidor e para o estado. Agora, após décadas, os responsáveis pela saúde em Inglaterra descobriram o inimaginável. Inimaginável para eles. E para os patetas. Os medicamentos não serviam para nada. Dezenas de medicamentos afinal não servem para nada [1], [2], [3]. Não está comprovado qualquer efeito positivo dos medicamentos. Após dezenas de anos no mercado.
Descobriu-se agora. Agora que não há dinheiro. Agora que os estados e as pessoas se libertam de inutilidades. Depois dos medicamentos, outras inutilidades se descobrirão. Depois dos medicamentos, as vacinas. Tenhamos fé. Brevemente regressaremos à condição de homens livres. Já podem meter o boletim de vacinas no cú dos responsáveis. De onde nunca devia ter saído, aliás. E a versão electrónica também.
Deixe um comentário