Na irlanda a crise já bateu feio. Cem mil pessoas manifestaram-se contra as medidas do governo. Contra uma medida em particular. Um imposto especial para a crise. Um imposto a ser suportado pelos salários.
Em Portugal essa hipótese nem se põe. Não se põe pelo cidadão, praticante de wishful thinking, ou melhor, de wishful non-thinking. Não se põe pelas opiniões de esquerda, que acham que trazer esse assunto para a discussão era de alguma forma legitimar essa opção. Não se põe pelos espertalhaços que nos governam, ou que nos pretendem governar, porque isso criaria oposição às presentes medidas “anti-crise”.
Nada nos distingue da irlanda. Para melhor. É uma questão de tempo. De tempo eleitoral. Até os nossos governantes exporem a ideia. Imporem a ideia. Como um imperativo nacional. Sob pena de males maiores.
P.S.: O título disto era para ser “portugal e o futuro” mas disseram-me que um gajo qualquer já tinha escrito uma coisa com esse nome.
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