A notícia do correio da manhã é clara: “O presidente de Cuba, Raúl Castro, afirmou que o seu irmão, Fidel Castro, só recebe governantes mulheres. Não pode receber todos os governantes que visitam a ilha”.
A profundidade da notícia é avassaladora. Fidel, cuja vida se aproxima do fim, é finalmente um homem livre. Fidel agora só faz o que quer. Já não tem tempo nem pachorra para obrigações. Não quer ver políticos. Não quer ver gajos preocupados com o mundo. Não procura soluções nem problemas. Fidel quer é ver gajas. Como nós.
Com isto Fidel tornou-se um homem livre. Quarenta anos depois de libertar a ilha liberta-se a ele próprio. É o tao de shin shen. Fidel libertou-se de todos os vínculos conceptuais relativos. Hoje, Fidel é um Buda. É já um Buda Castro ou um Fidel Buda que está entre nós.
P.S.: Um antropólogo atento disse-me que esta é a fotografia de um homem feliz.
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