limites da liberdade (II)

A seguir à falta vem a fartura. A seguir ao 25 de Abril cometeram-se todos os excessos possíveis. É com o vilhena e a sua gaiola aberta que nos habituamos a ver a política e a religião retratadas no meio de ilustrações de mamas portentosas e grandes conassas, acompanhadas de textos com referências a bobós, minetes e outras indignidades do reportório sexual. É com o fantástico ross pynn que os jornais se libertam dessa peia inadmissível que é a pretensa necessidade de verdade.

Vilhena é um libertador cuja obra só é racional à luz de uma época em que era necessário e urgente delimitar as novas fronteiras da liberdade. É um dos pioneiros que alargam heroicamente fronteiras para que os outros possam viver em todos os domínios do território já desbravado. Estes pioneiros são heróis. São eles que marcam um território que diz que nenhum político ou poderoso se pode excluir da crítica mordaz. Pode excluir-se dos tribunais, pode excluir-se das investigações, pode excluir-se da imprensa de referência, mas não se pode excluir do ridículo público.


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Comentários

Um comentário a “limites da liberdade (II)”

  1. Avatar de escrotinador

    Gaiola aberta…
    Pernas abertas…

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