É da natureza que gostemos dos pequeninos. É em parte coisa de gaja, que as gajas não podem ver uma criança sem se babarem. Na verdade, é um pouco de todos nós. Todos nós temos um especial carinho pelas crianças. Todos temos uma especial ternura por qualquer ser vivo que dá os primeiros passos.
De gostar dos pequeninos a querer que continuem sempre pequeninos vai um passo. Antigamente, só os livros da primária tinham bonecos. Em meia dúzia de anos os bonecos tomaram conta dos livros do nono ano. Dez anos depois os bonecos infatilóides tinham tomado conta dos powerpoints dos professores universitários. Hoje, somos todos pequeninos.
Há 30 anos, era normal um rapaz com 19 anos ser professor no ensino secundário. Hoje, com os mesmos 19 anos, os alunos tiram macacos do nariz e colam nas costas do colega da frente. Os marginais com 20 anos são jovens com problemas. São pequeninos. Os empresários com 30 anos são jovens empresários. São pequeninos. Os agricultores com 50 anos são jovens agricultores. Todos são pequeninos. Inocentes. Sem maldade. Só podemos protegê-los.
Deixe um comentário