As nacionalizações são normalmente normalmente associadas às ideias de esquerda. Há uma certa verdade nisso. Realizaram-se nacionalizações em portugal há 30 anos e foram promovidas por uma visão esquerdista. Há verdade, mas também há alguma ignorância histórica.
As nacionalizações de carácter ideológico que rejeitam a legitimidade da posse privada de um certo tipo de bens são uma parte ínfima da realidade. As nacionalizações que colocam acima do interesse privado valores de protecção social são outra parte da realidade. Juntas formam o conjunto das nacionalizações de esquerda. Curiosamente, não são propriedade histórica dos comunistas. Os EUA nacionalizaram os territórios dos parques nacionais há dois séculos atrás. As nacionalizações de esquerda não esgotam a realidade. Na verdade, o mundo das nacionalizações é mais vasto. O hitler nacionalizou terrenos de um aristocrata para construir a fábrica da VW no século passado. Muitos mais procederam a nacionalizações com objectivos nacionalistas ou com o simples objectivo de manietar adversários políticos.
As nacionalizações actuais não são de esquerda. São cleptonacionalizações. A cleptonacionalização é uma nova forma de apropriação da riqueza. O contribuinte contribui, que é isso que sabe fazer, para o enriquecimento de uma trupe próxima da élite política que o governa.
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