Ontem lá foram buscar o ex-presidente do BPN. Após anos de investigação da operação furacão. Meio ano depois de o homem passar os bens para a mulher e divorciar-se. Agora que já não lhe podem levar nada. Agora que já nada tem, coitado. Agora que já é quase um pirata somali. Chegaram pois a tempo e horas.
E em que bom momento surge esta notícia. Dava mesmo jeito que surgisse uma notícia destas. No momento em que dá jeito convencer o parvónio de que o estado está cá para fazer justiça. No momento em que se preparam para “salvar” mais um banco. Desta vez o Banco Privado Português. Ou talvez mais alguns, talvez mais estes. No momento em que o cidadão contribuinte vai entrar com mais uns milhões.
É importante salvar o Banco Privado Português. Custa uns módicos 150 milhões de contos. Supomos que por baixo, como de costume, que já nos vamos habituando a estas coisas. E com isso garantimos a felicidade de 3000 depositantes. Ou seja, pagamos 50 mil contos por cada depositante. Por agora. Um bom negócio e que certamente será em favor de muitos desprotegidos.
P.S 1.: Entretanto lá se vão salvando bancos com o argumento de que é para manter a confiança do cidadão no sistema financeiro. Mais um paradoxo. O investimento em bancos falidos é a maior fonte de descrença no sistema financeiro. E não só no sistema financeiro, no estado também.
P.S.2: O ministro das Finanças foi considerado pelo Finantial Times como o pior ministro das finanças da UE. Um título a ter em conta quando avaliamos a qualidade das suas decisões. Temos qualidade, temos gente capaz, venham daí mais 6-2. Cinco dias depois de aparvar o orçamento de estado para 2009 descobriu que os pressupostos do orçamento se alteraram, o homem tem jeito para a função. Parece bem informado, deve ter tirado um curso de econometria na farinha amparo.
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