Parte I
Durante muitos anos os bancos impingiram os PPR. Com a colaboração dos governos. Ano após ano, a campanha dos PPR coincidia com o calendário dos impostos. Todos os anos a mesma fantochada. Ou fazes um PPR ou pagas mais impostos do que os outros. É o poder coercivo do estado ao serviço de um produto financeiro.
Hoje, qualquer pateta percebe que os PPR estão em risco. Os PPR que o estado promoveu pela fiscalidade. Os PPR que os partidos do poder promoveram com a campanha da insustentabilidade da segurança social. Os PPR que hoje se transformam em PPA. Os PPA, de Planos Poupança Adeus. Num banco perto de si. Muito perto de si.
Parte II
Não subscreveu um PPR? Não se preocupe. As mesmas pessoas que o obrigam aos PPR também gerem o dinheiro da Segurança Social. E investem esse dinheiro em aplicações de alta rendibilidade. Onde? No BPN. No primeiro banco a falir.
É azar. Com mais de uma dúzia de bancos em Portugal, a Segurança Social logo foi investir no BPN. Cem milhões de contos. É azar, caralho. São grandes gestores, mas têm azar. O problema é que têm sempre azar. Mas vá lá, têm a sorte de não ser avaliados. Têm até a sorte de serem anónimos. Ninguém vê as suas caras nos jornais. Não fosse alguém ainda pensar em dar-lhes umas porradas…
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