o mito dos depositantes (I)

Uma das principais razões invocadas para a nacionalização dos bancos é a protecção dos depositantes. Uma coisa que nos apela ao sentimento. Somos todos depositantes, pensam os nossos governantes. Ora, sim e não. A maior parte da malta que eu conheço tem é dívidas. Mas as coisas não se ficam por aí.

O BPN foi nacionalizado para proteger os depositantes? Tenham dó. Mas quem é que ainda era depositante do BPN? Pensem lá bem. Alguém para além da Segurança Social, da CGD e da madre teresa de calcutá. Conhecem alguém? Eu também não. Vejam lá se conseguem imaginar alguém tão estúpido que ainda tivesse lá o dinheiro. Com os rumores que corriam!? Eu não consigo. Não conheço ninguém.

Qualquer gajo que tivesse lá as poupanças da família já tinha tirado de lá o dinheiro. Ou então levava porrada da família. E a mulher punha-lhe um par de cornos para não ser tão estúpido. E fazia ela muito bem. Perdia o dinheiro mas ao menos consolava a passarinha. Um gajo que tivesse lá as poupanças da família sabendo dos rumores que corriam não merece qualquer consideração. Era engraçado saber quantos depositantes é que havia no BPN. Para proteger depositantes, é preciso que haja depositantes.

Aparentemente, o expresso noticiou no sábado que o governador do banco de portugal estava preocupado com dois pequenos bancos em dificuldades. Um era o BPN, já foi, e o outro ficámos a adivinhar. Afinal de conas também sentimos uma certa obrigação de ajudar os depositantes. Este é o momento de dizer o banco que está em dificuldades. Sempre segundo a nossa opinião, é claro. Dentro do estilo que preside ao chornal, este é o momento de partir a louça.

Esteja atento aos próximos capítulos.
Só para os nossos leitores mais fiéis.

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Comentários

Um comentário a “o mito dos depositantes (I)”

  1. Avatar de generalcuster
    generalcuster

    O gajo está de pixa murcha. Uma vergonha.
    Numa situação daquelas tinha obrigação de não estar.
    A juventude está perdida.

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