Os jornais dizem, custo a acreditar, que ao ser confrontado com a nacionalização do BPN, o Jerónimo de Sousa afirmou: Evidentemente que a nossa primeira reacção é positiva, num quadro em que o Estado português pode deter posições importantes em áreas estratégicas da economia, visando o seu relançamento e o apoio ao aparelho produtivo e à produção nacional.
Mas positiva porquê? Em que é que comprar um banco falido reforça a posição do estado no que quer que seja? Não se está a ver que são 170 milhões de contos a troco de nada? Não se está a ver que é uma nacionalização para roubar quem trabalha? Será que o Jerónimo pensa que o Sócrates é uma reincarnação do Vasco Gonçalves? Será que não vê que o Teixeira dos Santos é o anti-cristo das nacionalizações?
É uma espantosa demência. São os azares de uma cartilha. É pena. Os comunistas eram a última esperança. O capitalismo cleptocrático, ignóbil e obsceno, ri a bandeiras despregadas de tamanha inocência. Os vígaros e seus agentes gozam com a patobravice proletária. As gargalhadas das barrigas enormes dos banqueiros quase rebentam os botões dos casacos. Pode ser que rebentem numa chuva de merda. Afinal, ainda há uma esperança.
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