bailout à portuguesa

O bailout é a palavra do ano. Nos EUA, à primeira tentativa de passar o bailout, 2/3 do partido do poder votou contra. Contra a proposta de Bush. Contra a proposta apoiada pelos dois candidatos, ou seja pelo futuro presidente. Nos EUA discute-se se o bailout vai para a frente. Nos EUA discute-se se os contribuintes devem oferecer o dinheiro aos bancos.

Na europa não é preciso. Nada se discute na europa. A europa é uma democracia mais rasca. Nem tem parlamento. Na europa os burocratas decidem. O contribuinte europeu paga e pronto. É o bailout à moda da UE.

Em Portugal é melhor. Em Portugal nem se sabe se há bailout. Ou se já aconteceu. Diz o CM que os bancos portugueses pediram ao BCE a módica quantia de 1200 milhões de contos no mês de Agosto. Coisa pouca. É duas vezes o que custaria o aeroporto de Alcochete. O tal que é para pagar em 20 anos. Afinal de conas, não temos que nos preocupar com o custo do aeroporto. Nem com o custo de nada. Quando quer, o BCE faz dinheiro. Só isso. Ao contribuinte não custa nada. Já nos deviam ter dito que era tão fácil assim.

Em Portugal nada se sabe. O cidadão ouve dizer que os bancos portugueses pediram
1200 milhões de contos ao BCE. Conclui que há bancos absolutamente à rasca. Mas não sabe quais. É o segredo. O contribuinte português sabe quais os bancos que foram ou estão para ser “bailautados” no estrangeiro. Aqui é que não. É o bailout à portuguesa.

P.S.: O semi-engenheiro diz que o dinheirinho dos portugueses está seguro nos bancos portugueses. A semi-líder do PSD arreganha o dente em defesa das instituições financeiras, de tal forma que só cegos podem acreditar em tanto disparate. Essa é a senhora que diz, num momento adequado (?), que “o sistema financeiro precisa de poupança para depois ser canalizada para investimentos de risco”. Exactamente o que eu não gostaria que fizessem com o meu dinheiro. É um grupo de baile. É só conversas parvas. Conversas parvas com mais buço que pintelho…

do grupo de baile: youtube


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