M1, M2 e M3 são as 3 medidas oficiais do dinheiro em circulação. Nos EUA e em muitos outros países. Sempre se ensinou isso nas aulas básicas de economia. M1 é o dinheiro com elevada liquidez, ou seja, o que temos nos bolsos e nas contas à ordem. M2 é todo esse mais o dinheiro das contas a prazo. M3 é uma coisa mais complexa e etérea que inclui o dinheiro das dívidas, ou seja o dinheiro que os bancos emprestam, e que por isso está disponível para gastos. É um esquema pouco claro, embora universal.
Para os economistas não só os bancos centrais mas também os bancos comerciais são emissores de moeda. Através das dívidas contraídas perante a banca comercial. Os bancos comerciais são pois emissores de M3. O esquema é complexo e pouco interessa para aqui. Envolve o depósito pelo banco comercial no banco central de uma fracção da dívida.
O que importa é que, para todos os efeitos, o total de dinheiro em circulação, M3, é um dado estatístico fundamental. O crescimento de M3 representa inflação e reduz o valor da moeda. Assim, durante mais de 50 anos o FED vigiou e publicou as estatísticas de M1, M2 e M3. Em 2006 o FED deixou de publicar M3. Contrariando uma prática de meio século. Essa é, sem dúvida, a mais inacreditável não-notícia do ano de 2006. Com consequências plenas em 2008. Estas que se vêem. É M3 o dinheirinho que se está a evaporar das bolsas.
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