Três assaltos a bancos. Dois a estações de serviço. Um a uma estação dos CTT. Todos no mesmo dia. Melhor do que nos tempos do Bader-Meinhof. Esses eram uns bebés. E no dia seguinte mais assaltos. Mais bancos. Mais estações de serviço. É o oeste selvagem. Nada está a salvo. Assalto à carrinha que distribui o dinheiro pelas caixas multibanco no algarve. Rendeu meio milhão de contos. Os assaltos são tantos que os ladrões já fazem bicha nos locais a assaltar.
Um amigo meu algarvio ia levantar dinheiro no multibanco para ir pagar umas coisas às Finanças (assalto 1). Não conseguiu levantar dinheiro porque tinham acabado de arrancar a caixa do multibanco (assalto 2). Quem roubou a caixa multibanco também não se deve ter safo. Nesse dia alguém tinha assaltado a carrinha que ia de Lisboa para o Algarve distribuir o dinheiro pelas caixas de multibanco (assalto 3).
Chegámos a este estado. O esforço de uns ladrões cai por terra por causa das actividades dos outros. Assim não dá. Tudo precisa de alguma organização. O crime também. Querem que um assaltante faça o quê? Que tire um ticket? É indigno. Faz-me lembrar uma anedota muito velha: “Organizem-se!”.
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