Antes de mais, ITER = “International Thermonuclear Experimental Reactor”.
Foi ontem assinado um acordo entre mais de 30 países para a construção de um reactor de fusão nuclear. Chamaram-lhe, engenhosamente, Reactor EXPERIMENTAL de Fusão Nuclear. A guerra diplomática para decidir o local da construção durou anos, ou mesmo, décadas. E a Europa ganhou: vai ser construído em Marselha.
Para quem não sabe o que é a fusão nuclear, aqui vai: é o processo de produção de energia observado no Sol, a fusão de dois átomos ou núcleos num único átomo ou núcleo liberta energia e pequenas partículas – neutrinos. No processo de fusão, obtêm-se inicialmente átomos de Hélio(4) a partir de Hidrogénio(1) (por fusões sucessivas). À medida que a massa da estrela aumenta, podem obter-se elementos mais densos como o Ferro(56).
Na minha humilde opinião, um projecto desses acarreta riscos gigantescos que não me parecem estar a ser considerados. É possível parar a reacção de fusão do Sol? Não. Então o que leva estes loucos a pensar que podem controlar uma reacção dessas em laboratório? A energia gerada por uma fusão pode ser controlada pela quantidade de matéria colocada na cuba de fusão, mas para termos energia aproveitável comercialmente, é necessário atingir temperaturas que derretem qualquer cuba onde ocorra a fusão. E assim que a fusão sair da cuba… adeus Terra.
Ainda pensei que seria preferível deixar o Japão ganhar a corrida para a construção, mas o que íamos ganhar com isso? Um segundo? Dois?
A Terra vai passar a figurar, dentro de 30 anos como a 2ª estrela do sistema solar… nos canhenhos dos extraterrestres.
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