Depois do cluster automóvel do mira amaral só nos faltava um cluster aviónico. Mais do que isso. Um cluster aviónico alentejano. Há gente internada em hospícios por muito menos. Não lembra ao diabo.
O governo adora chocar-nos com estas coisas tecnológicas. Desembolsa, para já, 30% do investimento. O resto virá mais tarde. Em multas da UE por causa da concorrência. Em multas da UE por incumprimentos ambientais. Em acessibilidades. Em formação inicial dos trabalhadores. E, por fim, em formação para disfarçar os dias sem produção. E, depois do fim, em descontaminação de qualquer coisa, por causa de umas directivas comunitárias. Se tudo correr bem, o estado desembolsará 130% do investimento. O costume. Diabólico.
A novidade do investimento? Nenhuma. Agora que os aviões estão em queda investe-se nos aviões. Já estamos habituados. No Alentejo, porquê? Porque um avião alentejano anda tão devagar que consegue ficar parado no ar e concorrer com os helicópteros.
P.S.: Acabámos de criar a primeira piada mundial sobre aviões alentejanos. Não teve muita piada, mas ao menos não investimos muito. O chornal convida os seus leitores a participar no CNAAA, concurso nacional de anedotas de aviões alentejanos.
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