Continuar a apelar à solução de “dois estados” só ajuda a causa sionista israelita.
É uma quimera que todos sabemos que não vai acontecer.
Em 1947, quando os sionistas forçaram Roosevelt a obrigar os estados que não queriam a votar a favor da criação de um estado israelita na Palestina, ficou determinado o espaço que cada “estado” iria ocupar naquela região da Ásia Menor: o estado de Israel e o estado da Palestina. Mas desde logo os sionistas pegaram em armas e invadiram o espaço que não lhes tinha sido atribuído.
————— início de parêntsis —————
Mas que raio de coisa foi esta? Aquele espaço geográfico não era pertença de ninguém, para atribuirem uma parte a Israel? Faz-me lembrar a colonização de África, no século XVI, por parte dos europeus – portugueses incluídos – que alegaram que aquelas terras (africanas) não eram regidas por uma autoridade supra-tribal e portanto era lícito tomá-las. Mas a Palestina foi “tomada” a meio do século XX, quando já vigoravam leis de direito internacional. E os sionistas continuaram a “tomar” pedaços da Palestina, após 1947, que segundo os apoiantes da “causa” sionista (Israel e EUA), é território israelita.
————— fim de parêntsis —————
Voltando ao ponto de partida, à solução de “dois estados”. Se consultarem o mapa de 1947 e o de hoje vão perceber que hoje quase não há espaço para palestinianos em Israel. Além disso, Israel expulsou milhões de palestinianos para países limítrofes e não os deixa voltar a entrar no território (não digo país, porque Israel não é um país).
Falta muito pouco para que Israel seja povoado apenas por judeus, e isso vai acontecer até ao fim de 2024. É um presente que Netanyahu vai oferecer aos israelitas no próximo ano para se manter no governo eternamente. Os palestinianos de Gaza e da margem leste do Jordão vão ser exterminados.
Palestina – Dois estados
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