Em miúdo, desfolhava os cravos dos canteiros da minha mãe até ficarem nus.
Eram cor-de-rosa com traços brancos ocasionais e, cada folha que arrancava, deixava o ar saturado de perfumes.
Despia-os das folhas, até chegar ao ovário – sempre fresco – na esperança de encontrar grãos para semear e espalhar aqueles cheiros por todo o lado.
Hoje, acabaram-se os cravos e acabou-se a mãe.
Um comentário a “Mãe I”
É a lei da vida.
Temos de gramar, mas näo temos de gostar.
Grande abrac,o.