Monchique, outra vez


Fui ontem a Monchique almoçar para ajudar a economia local a recuperar da tragédia do incêndio. Vai ser uma tragédia para o turismo e, por isso, precisam de toda a ajuda que pudermos dar.

Ao andar por aquelas montanhas percebi o trabalho exemplar da Proteção Civil. Os aglomerados populacionais – às vezes apenas 3 ou 4 casas – foram salvaguardados. Ardeu tudo em volta, mas os sítios – nome pelo qual os pequenos aglomerados são conhecidos na serra e barrocal algarvios – saíram ilesos. Há algumas casas isoladas que foram queimadas, mas aí também a Proteção Civil agiu de forma omnisciente: deixou arder edificações pontuais, que iriam exigir demasiados recursos necessários noutros locais, necessários para a estratégia global.

Estamos bem preparados para a guerra.

O lado obscuro da minha passagem pela serra foi o constatar que, da zona não ardida, metade das árvores são eucaliptos, e a percentagem de pinheiros é grande também. Espera-se, então, mais um novo fogo calamitoso para muito breve.


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