A Buda e o tampão

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Fomos subir a Serra da Arrábida e a Buda comeu um tampão usado. Depois de umas mensagens dos meus amigos da net@ percebi que os tampões usados são um pitéu para os cães. Mas são também um perigo, pois podem entupir o trato digestivo dos animais. Tive que monitorizar as fezes da Buda, mas não foi preciso muito tempo…

Capítulo 1

A Buda passou a tarde a descansar à sombra, que o dia estava quente. Mas, de repente, sentiu os vizinhos a passear o cão na rua e desatou a correr, para ladrar no portão.
O pico de adrenalina deu-lhe para fazer cocó.
Fui ver se tinha saído o tampão que ela engolira ontem.
No primeiro pedaço de excremento, encontrei esta coisa, que se desfazia, parecia papel e faltava-lhe o fio.
Desconfiado, fui consultar a Maria, mais perita em tampões do que eu.

Capítulo 2

A Maria não se deixou convencer e decidiu procurar, ela própria, nos excrementos.
Tapou o nariz, a boca e os olhos e, com um grande esforço, encontrou uma forma alongada que não se desfazia.
E perguntou-me: “Será isto?”
Fui para o sol, que à sombra já não vejo nada, e tentei partir o dejeto em pedaços, mas não consegui. Por dentro parecia branco sujo, mas não aparentava ter a textura do algodão.

Capítulo 3

“Que raio é que o bicho anda a comer?”, pensei eu.
“Primeiro, um guardanapo de papel; depois, uma coisa comprida que não se desfaz: talvez um pano. Haverá mais?”
E continuei a procurar.
Fui desfazendo os pedaços de fezes, uns após outros e dei de caras com um material que aparentava ser algodão sujo, preso a um fio. “Ah! Já está. Eis o tampão desaparecido.”

Mais histórias apetitosas, em breve, neste palco sempre à mão.


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