O Fim da Física

Agora que passou a euforia à volta do físico da cadeira de rodas, eis o que me vai na alma sobre a Física e, de uma forma geral, sobre a Ciência.
Quando “Uma Breve História do Tempo” foi publicado, comprei e devorei o livro. Adorava Física e histórias sobre Física, sobre como o Universo foi formado e, em última análise, sobre como nós aparecemos.
Já tinha lido “Um Pouco Mais de Azul” do Hubert Reeves, li depois “O Tao da Física” do Fritjof Capra, e mais tarde o “Caos” do James Gleick.
Todas essas coisas me fascinavam: Matemática, Física, os movimentos do mundo, e outras estranhezas.

Um à parte: sou um provocador e o que disse há umas semanas sobre o Stephen Hawking foram só isso: provocações. Provocações dirigidas a uma horde de anónimos que aleluiou um aleijado resistente, e não um lote de ideias interessantes sobre as origens da nossa presença aqui.

Mas a Física não satisfez a minha curiosidade. E até menos a Física do Stephen Hawking, mas mais a do Fritjof Capra.
As nossas ciências ocidentais são, tradicionalmente, muito analíticas: dividem tudo em partes para poderem analisar e explicar melhor as coisas. Ao contrário, o pensamento oriental é mais sintético: tem uma visão mais global e integrada dos eventos e da realidade.
Veja-se o exemplo da luz. A Física considera a luz, simultaneamente, como uma onda e como uma partícula. É estranho, são duas realidades difíceis de conciliar. Mas é assim que a luz é explicada, porque se comporta como onda e como partícula: duas realidades já conhecidas e classificadas pela Ciência.
Enquanto a Física não conseguir criar um padrão que explique a luz de forma integrada, não vai perceber o mundo, nem vai conseguir satisfazer a minha aspiração de tentar perceber as coisas.

A luz não é uma onda nem uma partícula. A luz é qualquer coisa que nós ainda não percebemos.


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