Casa de apostas implora à França que ganhe a Portugal, em nome da Europa
No primeiro jogo eu afirmei aqui (FB) que os imigrantes portugueses em França eram uma merda. Estavam apenas dois apoiantes islandeses nas bancadas – e um era cego – e faziam mais barulho do que os 30 mil portugueses que assistiam ao jogo.
Retiro o que disse. Percebi o que os condiciona assim que comecei a ver-lhes as caras na TV. É triste: sentem-se acossados pelos franceses, por viverem num país que precisa deles, mas não os deseja; num país que os usa, mas maldize-os; num país que os mantém calados, que os acusa de humanos de segunda categoria.
É difícil viver quarenta anos sob o jugo do poder administrativo que é simultaneamente um poder podre – palíndromo curioso, mas não era isso que eu queria dizer, apenas aproveitei o momento – um poder pernicioso, subjugador, malicioso, injusto e claramente xenófobo. Sim, os franceses são xenófobos em relação aos portugueses.
Não posso generalizar? Não, não posso. Acredito que haja muitos – principalmente aqueles franceses que morreram há muitos anos e cujos corpos já foram comidos pelos bichos – que não o são. Mas dos vivos, mais de 90 ou 95% consideram que somos inferiores: porteiras e trolhas.
E, portanto, a minha vénia aos imigrantes que estoicamente aguentam, e aguentaram, durante décadas, um tratamento que nem o PAN quer que os animais de companhia suportem.
A França está condenada. Vai perder por 3 a 0.
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