Numa discussão sobre o tema de “os eunucos de esquerda” irrompeu uma inquisidora encolerizada, aparentemente do nada, uma verdadeira defensora daquela lei parva e desadequada, sobre a criminalização do piropo, que não vai servir para nada.
E não vai servir para nada porquê? Se há juizes que decidem que uma mulher com mais de 50 anos já não precisa de sexo para nada, como é que vão julgar o teor mais ou menos propositório de um piropo?
As ofensas verbais e o assédio sexual já eram criminalizados. Não era necessário trazer a palavra piropo para a lei. O mal de usar a palavra piropo na lei é que agora até um piropo do tipo “és pouco boa, és”, ou algo ainda mais inócuo “és bonita, queres namorar comigo” pode ser levado a tribunal.
Por outro lado, quem fica delirante e extasiada com esta lei são as loucas que andam com a vagina seca há dez ou vinte anos, ferozes inquisidoras, que se contentam em fazer festas a gatos e que, de homens e pénis, até do nome têm asco.
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