Algodão da oliveira

Descobri, esta semana, que uma das minhas oliveiras tinha um parasita. A oliveira é pequena e limpei-a à mão. Hoje havia mais e voltei a limpar. Procurei na net@ e descobri que a maleita se chama algodão da oliveira.

Vou procurar uma solução ecológica para o problema e depois comunico. Entretanto fica aqui o que descobri.

algodaoHá vários sítios que descrevem a maleita, de nome cientítifo Euphyllura olivina, um inseto que se alimenta da seiva e pode originar a falta de desenvolvimento na árvore. O efeito é visível nas ramificações e folhagens, através de uma secreção branca que está presente e que se assemelha a resquícios de algodão [1].

Noutro local [2], encontrei informação mais detalhada e organizada:

Euphyllura olivina Costa

Morfologia

Ovo – elíptico, cor branca quando recém colocado e amarelado próximo da eclosão, com um pequeno pedúnculo que o liga ao raminho.
Ninfa – de cor amarelo pálido a ocre, corpo achatado e olhos vermelho brilhante.
Adulto – de pequeno tamanho e de cor verde pálido, o terceiro par de patas é mais desenvolvido e adaptado ao salto.

Bioecologia

Passa o Inverno sob a forma adulta e refugiam-se nos ramos, folhas e gemas axilares.

No início da Primavera fazem as posturas agrupadas nas folhas jovens, gomos apicais e gomos axilares.

Após a eclosão, as lavas formam colónias perto das posturas, alimentando-se da seiva da oliveira e desenvolvendo massas semelhantes a algodão, geralmente nos botões florais.

Prejuízos

No estado de ninfa e adulto sugam a seiva elaborada podendo comprometer o desenvolvimento da árvore, principalmente em olivais jovens.

O ataque nos botões florais pode provocar a infertilidade e quebra de produção.

A instalação da fumagina provocada pela secreção de melada, pode resultar num prejuízo relativo.

Na geração outonal os seus ataques podem produzir queda de frutos muito significativa.


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Um comentário a “Algodão da oliveira”

  1. Avatar de alex

    Ora aqui vai um link que uma amiga me mandou: https://jornalagricola.wordpress.com/2012/01/22/controle-natural-de-praga-parte-2/

    O conteúdo, para o caso do sítio mudar, é o seguinte:
    ———————————-

    1. Receitas para obtenção de inseticidas naturais de origem Vegetal

    1) AGAVE – Piteira ou Sisal (Agave sisalana)
    Indicação: saúvas (Atta spp.) e quenquém (Acromyrmex sp.).
    Moer 5 folhas médias de agave e deixar de molho por 2 dias em 5 litros (L) de água. Aplicar 2 L desta solução no olheiro principal do formigueiro e tapar os demais para que as formigas não fujam. Folhas desta planta podem ser obtidas em lojas de plantas ornamentais.
    Cuidados: Evitar contacto com a pele, pois pode causar alergia.

    2) ALHO (Allium sativum)
    Receita 1
    Indicação: repelente de insetos, bactérias, fungos, nematóides, inibidor de digestão de insetos e repelente de carrapatos.
    – 3 cabeças de alho;
    – 1 colher grande de sabão de coco picado;
    – 2 colheres de sopa de parafina líquida.
    Amassar as cabeças de alho misturando em parafina líquida. Diluir este preparado em 10 litros de água com o sabão. Pulverizar logo em seguida.

    Receitas 2 e 3
    Indicação: tripes, pulgões, mosca doméstica (Musca domestica), lagarta do cartucho do milho (Spodoptera frugiperda), mosca dos chifres (Haematobia irritans), mosquito (Aedes aegypti), míldio (Peronospora spp.), brusone (Pyricularia sp.), podridão do colmo e da espiga (Erwinia carotovora var. zeae), mancha de Alternaria, mancha de Helminthosporium, podridão negra (Xanthomonas campestris), ferrugem (Puccinia sp.).

    Receita 2
    – l00g de alho;
    – 0,5 L de água;
    – l0g de sabão de coco;
    – 2 colheres (café) de óleo mineral.
    Os dentes de alho devem ser finamente moídos e deixados em repouso por 24 horas em 2 colheres de óleo mineral. À parte, dissolver 10 gramas de sabão em 0,5 L de água. Misturar então todos os ingredientes e filtrar. Antes de usar o preparado, diluir o mesmo em 10 litros de água, podendo, no entanto, ser utilizado em outras concentrações de acordo com a situação.

    Receita 3
    Dissolver um pedaço de sabão de coco do tamanho de um polegar (50g) em 4L de água quente. Juntar 2 cabeças de alho finamente picadas e 4 colheres pequenas de pimenta vermelha picada. Coar com pano fino e aplicar.

    3) ANGICO (Anadenanthera colubrina)
    Indicação: formigas (Atta spp.)
    Juntar 1 kg de folhas de angico em 10 L de água e deixar de molho por 8 dias. Aplicar 1 L desta solução para cada metro quadrado de área do formigueiro.

    4) ARRUDA (Ruta graveolens)
    Indicação: pulgões, cochonilhas sem carapaça (Coccus viridis, C. hesperidium, Saissetia coffeae), cochonilha branca e de placa, alguns ácaros.
    – 6 ramos de 30 centímetros de comprimento, com folhas; – 1 litro de água; – 19 litros de espalhante adesivo de sabão de coco. Para preparação do espalhante adesivo, dissolver 1 kg de sabão de coco em 5 L de água quente; em seguida, diluir esta solução em 100 L de água. Triturar os ramos e folhas de arruda no liqüidificador com um litro de água.
    Coar em pano fino e completar com 19 litros de solução de espalhante adesivo com sabão de coco.
    Princípio ativo: rutina.
    Cuidados: A planta causa irritação à pele e não pode ser ingerida.

    5) ARTEMÍSIA (Artemisia verlotorum)
    Indicação: nematóide (Meloidogyne incognita)
    Misturar com água, a parte aérea da planta, seca ao ar, na proporção de 1:10, isto é, uma parte da planta seca para 10 partes de água. A aplicação deve ser feita no solo.

    6) BARDANA (Arctium lappa)
    Indicação: nematóide (M. incognita)
    Misturar com água, a parte aérea da planta, seca ao ar, na proporção de 1:10, isto é, uma parte da planta seca para 10 partes de água. A aplicação deve ser feita no solo.

    7) CATINGA DE MULATA (Tanacetum vulgare)
    Indicação: nematóide (M. incognita)
    Misturar com água, a parte aérea da planta, seca ao ar, na proporção de 1:10, isto é, uma parte da planta seca para 10 partes de água. A aplicação deve ser feita no solo.

    8) CEBOLA (Allium cepa) ou CEBOLINHA VERDE (Allium fistolusum)
    Indicação: pulgões, lagartas e vaquinhas (repelente), Tribolium castaneum (besouro dos grâos armazenados, farelos, rações, farinhas, frutos secos, chocolate), Alternaria tenuis, Aspergillus niger, Diplodia maydis, Fusarium oxysporum, Helminthosporium sp., e sarna da macieira (Venturia inaequalis).
    Cortar 01 kg de cebola ou de cebolinha verde e misturar em 10L de água, deixando o preparado curtir durante 10 dias. No caso da cebolinha verde, deixar curtir por 7 dias. Para pulverizar as plantas, utilizar 1 litro do preparado para 3 litros de água.
    Modo de ação: fungicida e repelente. Possui óleos essenciais, flavonóides, fitohormônios e vitaminas.

    9) CHUCHU (Sechium edule)
    Indicação: atrativo para lesmas e caracóis, funcionando como armadilha, possibilitando o posterior controle.
    – chuchu;
    – sal.
    Colocar dentro de latas rasas, como as de azeite cortadas ao meio, pedaços de chuchu, adicionando-se sal.

    10) CINAMOMO (Melia azedarach)
    Indicação: lagartas.
    Triturar folhas secas (20 g de folhas secas para cada 100 ml de água), adicionar água, agitar e deixar em repouso por 48 horas. O uso dessa mistura resultou em até 80% de mortalidade da lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis).

    11) CONFREI (Synphyntum officinali)
    Receita 1
    Indicação: pulgões e adubo foliar.
    – 1 kg de confrei;
    – água suficiente.
    Triturar as folhas de confrei em liqüidificador com água suficiente para formar suco ou então deixar em infusão por 10 dias. Acrescentar 10 litros de água na mistura e pulverizar periodicamente as plantas.
    Cuidados: perigoso se ingerido.

    Receita 2
    Indicação: nematóide (M. incognita)
    Misturar com água, a parte aérea da planta, seca ao ar, na proporção de 1:10, isto é, uma parte da planta seca para 10 partes de água. A aplicação deve ser feita no solo.

    12) CRAVO-DA-ÍNDIA (Symphytum officinale)
    Indicação: gorgulho ou caruncho do feijão.
    Foi constatada redução de 100% na postura e emergência de adultos de Callosobruchus maculatus (gorgulho do feijão) em grãos de caupi armazenado, após tratamento com pó de cravo-da-índia a 2,5%.

    13) CRAVO-DE-DEFUNTO (Tagetes minuta e Tagetes erecta)
    Receita 1
    Indicação: pulgões, ácaros e algumas lagartas.
    – 1 kg de folhas e talos de cravo-de-defunto;
    – 10 L de água.
    Misturar os ingredientes e levar ao fogo, deixando ferver por meia hora, ou deixar de molho os talos e folhas picados por dois dias. Coar e pulverizar o preparado sobre as plantas.

    Receita 2
    Indicação: repelente de insetos Musca domestica (mosca doméstica) e Plutella xylostella (traça- das-crucíferas) e de nematóides (M. arenaria, M. javanica, M. incognita).
    – 200 g de folhas e talos de cravo-de-defunto;
    – 1 litro de álcool;
    Macerar o material vegetal, juntar a 1 litro de álcool e deixar em repouso por 12 horas. Diluir este preparado completando para 20 litros de água antes de pulverizar.
    Forma de aplicação: aspersão ou pulverização do extrato sobre as folhas infestadas ou irrigação do solo para combater os nematóides.
    Cuidados: tóxico se ingerido.

    14) FUMO (Nicotiana tabacum)
    Receita 1
    Indicação: tripes, pulgões, ácaros, mosca-branca, minadoras de folhas, gorgulhos, lagarta-da-couve (Pieris brassicae), traça-dos-cereais (Sitotroga cerealella) e ferrugem do feijoeiro (Uromyces appendiculatus) e do trigo (Puccinia graminis). Possui também efeito herbicida e antialimentício.
    – 250 g de fumo de corda;
    – 30 g de sabão;
    – 4 L de água.
    Misturar estes ingredientes e ferver durante meia hora. Diluir um litro deste concentrado em 4 litros de água, acrescentar uma colher de cal hidratada para aumentar o efeito.
    Cuidados: tóxico a mamíferos, cancerígeno. Não indicado para aplicação em casa de vegetação.

    Receita 2
    Indicação: pulgões, cochonilhas e grilos.
    – 20 cm de fumo de corda;
    – 0,5 litro de água.
    Cortar o fumo e deixar de molho na água por 1 dia. No caso de ataque de pragas, misturar 3 a 5 colheres (de sopa) dessa mistura com 1 litro de água ou solução com espalhante adesivo e pulverizar o mais breve possível. Não guardar essa mistura por mais de 8 horas, pois sendo a nicotina volátil, o produto preparado perde o efeito. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita.

    Receita 3
    Indicação: vaquinhas, cochonilhas, lagartas e pulgões em plantas frutíferas e hortaliças.
    – 100 g de fumo de corda;
    – 0,5 litro de álcool;
    – 0,5 litro de água;
    – 100 g de sabão neutro.
    Misturar o fumo em corda cortado em pedacinhos com o álcool e a água, deixando curtir por 15 dias. Decorrido esse tempo, dissolver o sabão em 10 litros de água e juntar com a mistura já curtida de fumo e álcool. Pulverizar nas plantas, nesta concentração, quando o ataque de pragas é intenso ou diluir em até 20 litros de água no caso de baixa infestação de pragas. No caso de hortaliças, respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita.

    Receita 4
    Indicação: pulgões e cochonilhas.
    – 100 g de fumo de corda;
    – 2 colheres de sopa de sabão de coco em pó;
    – 4 L de água.
    Ferver o fumo picado em 2 litros de água durante 5 minutos e deixar esfriar. Coar o preparado e misturar com sabão de coco ralado ou em pó. Acrescentar os outros 2 litros de água para obter o produto, que deverá ser pulverizado sobre as plantas atacadas. Caso seja insuficiente para o controle das pragas, aumentar a quantidade de fumo no extrato, mantendo a mesma quantidade de água.

    15) GERGELIM (Sesamus indicus)
    Indicação: saúvas (Atta spp.)
    Plantar ao redor das culturas, fazendo uma barreira. Deve ser plantado antes do início da cultura e permanecer até o fim.
    Modo de ação: provoca a morte das saúvas, pois suas folhas interferem na reprodução do fungo do qual se alimentam.
    Limitação: pode ocorrer preferência pelas outras espécies cultivadas.

    16) HORTELÃ DA FOLHA MIÚDA (Mentha viridis)
    Indicação: nematóides (M. incognita raça 2 e M. javanica).
    Estudos conduzidos por Cunha et al. (2002) revelaram que as raízes e a parte aérea das plantas de hortelã da folha miúda, incorporadas ao solo infestado com nematóides, em cultivo de tomateiro (Lycopersicon esculentum), apresentaram resultados promissores.

    R) LOSNA (Artemisia absinthium)
    Receita 1
    Indicação: lagartas e lesmas.
    – 30 g de folhas secas de losna;
    – 1 litro de água.
    Diluir as folhas secas de losna na água, ferver essa mistura durante 10 minutos. Para sua utilização, adicionar o preparado em 10 litros de água e pulverizar.
    Época de aplicação: no início da infestação ou pouco antes do início do dano econômico.

    Receita 2
    Indicação: nematóide (M. incognita)
    Misturar com água, a parte aérea da planta, seca ao ar, na proporção de 1:10, isto é, uma parte da planta seca para 10 partes de água. A aplicação deve ser feita no solo.

    17) MALVA SANTA (Coleus barbatus)
    Indicação: pulgões e cigarrinhas.
    – 5 L de folhas de malva santa;
    – 100 g de sabão neutro;
    – 20 L de água.
    Amassar bem as folhas e colocá-las em um saco de algodão, deixando repousar em recipiente contendo 20 L de água, por, no mínimo, 24 horas. Picar e dissolver o sabão em água quente. Juntar a calda e o sabão dissolvido e misturar bem.

    18) MAMOEIRO (Carica papaya)
    Indicação: ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix), míldio (Peronospora sp.), nematóide (M. incognita).
    – 1 kg de folhas do mamoeiro picadas;
    – 1 L de água;
    Bater os ingredientes no liqüidificador, filtrar com um pano e adicionar 4 litros de água. Diluir 250 a 750 gramas de sabão ou açúcar em 25 litros de água.
    Modo de aplicação: Pulverizar sobre as folhas infestadas ou irrigar o solo para combater o nematóide.

    19) MANIPUEIRA (Manihot esculenta)
    Manipueira é o suco de aspecto leitoso e cor amarelo-clara extraída das raízes da mandioca, por ocasião da prensagem das mesmas para obtenção de fécula ou farinha de mandioca, podendo ser obtida em regiões produtoras de subprodutos da mandioca.

    Indicação: nematóides (Meloidogyne spp.), ácaros (Polyphagotarsonemus latus e Tenuipalpus anacardii), insetos [traça-do-tomateiro (Tuta absoluta), pulgões (Toxoptera citricidus), cochonilha escama-farinha (Pinnaspis aspidistrae), cochonilha piolho-branco (Orthezia insignis), cochonilha de carapaça-marrom (Coccus hesperidium) e percevejo (Leptoglossus gonagra)], carrapato do gado bovino (Boophilus microplus), fungos (Oidium bixae, O. anacardii, Oidium sp., Uredo crotonis, Glomerella cingulata), bactéria (Agrobacterium tumefaciens).
    Cuidados: contém ácido cianídrico. Não ingerir, não armazenar.

    Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta)

    20) MANDIOCA OU MACAXEIRA (Manihot esculenta) – caso não encontre manipueira
    Indicação: ácaros, pulgões, psilídeos e nematóides.
    – 5 kg de macaxeira;
    – 1 kg de sabão neutro;
    – 20 L de água.
    Macerar bem a macaxeira e colocá-la em um saco de tecido de algodão, deixando repousar em recipiente contendo 20 L de água, por, no mínimo, 24 horas. Picar e dissolver o sabão em água quente. Juntar e misturar bem a calda e o sabão dissolvido. Utilizar 1 L da calda por pulverizador de 20 litros, para pulverizar as plantas infestadas ou o solo, no caso de nematóides. A aplicação deve ser feita no solo.

    21) MARIA-PRETA/MARIA-MILAGROSA (Cordia verbenacea)
    Indicação: broca da laranjeira (Cratosomus flavofasciatus).
    Essa planta serve como armadilha para o controle do inseto. Deve ser plantada na periferia do pomar, a uma distância de 150 metros das laranjeiras. O inseto adulto deve ser coletado nas plantas armadilhas uma a duas vezes por semana.

    22) MORINGA (Moringa oleifera)
    Indicação: mosca-branca (Bemisia argentifolii)
    Silva et al. (2002) observaram que o óleo de moringa, na concentração de 0,5%, apresentou boa eficiência no controle de mosca-branca em melão, causando mortalidade de ninfas superior a 70%.

    23) NIM (Azadirachta indica)
    Indicação: mosca-branca, tripés, pulgões, barata, traça do amendoim, ácaro verde da mandioca, mosca minadora , nematóides (M. incognita, Pratylenchus sp., Rotylenchulus reniformis e outras espécies de nematóides de importância econômica), mosca doméstica, gorgulho e carunchos, lagartas (Agrotis ipsilon, Cydia pomonella, Anticarsa gemmatalis, Pseudoplusia includens, Diaphania nitidalis, Pieris brassicae, Plusia sp., Plutella xylostella, Diatraea saccharalis, Etiella sp., Spodoptera frugiperda, Helicoverpa zea, Heliothis virescens, Pectinophora gossypiella, Phyllocnistis citrella, Manduca sexta, Maruca testulalis, Mocislatipes, Sitotroga cerealella, etc.), besouros (Diabrotica spp., Epilachnavarivestris, Hypothenemus hampei), percevejos (Dysdercus sp., Nezara viridula, Euschistus bifibulus, Triatoma infestans), gafanhotos, mancha de alternária e tombamento de plantas causado por fungos.

    Receita 1
    – 25-50 g de sementes de nim;
    – 1 L de água.
    Despolpar os frutos, secar as sementes à sombra, moê-las e deixar repousar (amarradas em um pano) em 1 L de água durante um dia. Coar e pulverizar sobre as plantas atacadas.
    Princípio ativo: um deles é a azadiractina.

    Receita 2
    – 5 kg de sementes secas e moídas;
    – 5 L de água;
    – 10 g de sabão.
    Colocar as sementes de nim moídas em um saco de pano, amarrar e submergilo na água. Depois de 12 horas, espremer e dissolver 10 gramas de sabão nesta solução. Misturar bem e acrescentar água para obter 500 litros de preparado. Aplicar sobre as plantas infestadas, imediatamente após o preparo.

    Receita 3
    – 2 kg de frutas de nim inteiras ou folhas verdes;
    – 15 L de água.
    Triturar no liqüidificador as frutas ou folhas de nim com água. Deixar descansando por uma noite com um pouco mais de água. Antes de aplicar, filtrar e diluir com água para obter 15 litros do preparado. Pode ser armazenado em frasco em local escuro por três dias.
    Modo de ação: fungicida, inseticida, nematostático, repelente, inibidor de crescimento e ingestão.
    Cuidados: pode apresentar fitotoxicidade se usado em excesso; tóxico a peixes, não há período de carência, baixa toxicidade a mamíferos.

    Receita 4
    – 4 g de folhas de nim por kg de grãos;
    – Secar à sombra as folhas, nunca direto no solo;
    – Misturar com os grãos quando realizar armazenamento.
    Age por repelência e por inibir alimentação dos insetos. Não tóxico e não deixa resíduos nos grãos.

    Receita 5
    – 60 g de folhas de nim moídas e secas;
    – 1 L de água;
    – Repouso durante oito horas para liberação da substância;
    – Coar a mistura em um pano fino para evitar entupimento do pico do pulverizador.
    Depois de pronta, a mistura deverá ter uso imediato.

    Receita 6
    – torta ou folhas de nim;
    A quantidade de torta deve ser estabelecida com base no teor de nitrogênio da mesma torta (5-7%) e na necessidade da cultura.
    A amônia liberada durante a decomposição da torta é tóxica ao nematóide. A ação tóxica é atribuída ao aumento do conteúdo fenólico das raízes desenvolvidas em solo misturado com a torta de nim.

    Receita 7
    No caso específico do controle de carrapato:
    – 60 g de folhas de nim moídas e secas;
    – 1 colher de sabão em barra ralado;
    – 0,5 L de água;
    – Repouso durante oito horas para liberação da substância;
    – Coar a mistura em um pano fino para evitar entupimento do pico do pulverizador.
    Depois de pronta, a mistura deverá ter uso imediato.

    Lagartas: a) Lagarta-do-trigo, Pseudaletia sequax – adulto; b) Lagarta-do-trigo, Pseudaletia sequax – larva; c) Lagarta-militar, Spodoptera frugiperda; d) curuquerê-dos-capinzais, Mocis latipes.

    24) ÓLEO DE SOJA (Glycine max)
    Indicação: controle de carunchos do feijão.
    Misturar aos grãos óleo comercial comestível de soja (5 mL/kg de grãos). Tal tratamento proporciona, até 150 dias de armazenagem, alto nível de proteção aos danos de carunchos. A semente deverá ser tratada logo após a colheita e usada no plantio.

    25) PIMENTA (Capsicum spp.)
    Indicação: vaquinhas.
    – 500 g de pimenta vermelha;
    – 4 L de água;
    – 5 colheres (de sopa) de sabão de coco em pó ou ralado.
    Triturar as pimentas em liqüidificador com 2 litros de água. Coar e adicionar com o sabão de coco, acrescentando os 2 litros de água restantes. Pulverizar sobre as plantas atacadas.

    26) PIMENTA-DO-REINO (Piper nigrum)

    Receita 1
    Indicação: pulgões, ácaros e cochonilhas.
    – 100 g de pimenta-do-reino;
    – 60 g de sabão de coco;
    – 1 L de álcool;
    – 1 L de água.
    Colocar a pimenta no álcool durante 7 dias. Dissolver o sabão em 1 litro de água fervente. Retirar do fogo e juntar a pimenta + álcool. Utilizar 200 mL da mistura para 10 litros de água, fazendo 3 pulverizações com intervalo de 3 dias.

    Receita 2
    Brito et al. (2002) relataram mortalidade de 90% de larvas de segundo e terceiro ínstares da lagarta-do-cartucho do milho (Spodoptera frugiperda), após tratamento com extrato aquoso de P. nigrum nas concentrações de 10% e 15%.

    Receita 3
    Indicação: Pragas da batatinha, tomate e berinjela.
    – 100 g de pimenta-do-reino;
    – 2 litros de álcool;
    – 100 g de alho;
    – 50 g de sabão neutro.
    Preparar uma garrafada de 100 g de pimenta-do-reino em um litro de álcool; deixar por uma semana. Ao mesmo tempo, fazer uma garrafada de 100 g de alho em um 1itro de álcool. Passada esta semana, dissolver 50 g de sabão neutro em um litro de água quente. Apenas na hora da aplicação, juntar as três partes na seguinte proporção: 200 mL da garrafada de pimenta + 100 mL da garrafada de alho e toda a solução de sabão. Podem ser diluídos em 20 litros de água (em pulverizador costal)

    27) PRIMAVERA (Bougainvillea spectabilis)
    Indicação: tripes
    -200 g de folhas;
    -1 litro de água.
    O extrato deve ser preparado em liqüidificador, colocando-se 200 g de folhas em um litro de água. Esse caldo deve ser coado e depois diluído em 20 litros de água. No caso do tomate, a aplicação deve ser repetida semanalmente até 60 dias após o transplante. Os resultados têm sido excelentes, mostrando redução de mais de 90% na incidência de vira-cabeça no tomateiro.

    28) PURUNGO OU CABAÇA VERDE (Lagenaria vulgaris)
    Indicação: brasileirinho, cascudinho ou patriota, também conhecido como verde-amarelo (Diabrotica speciosa). Sua raiz é utilizada como atrativo para o inseto. Utilizar 40 pedaços de purungo ou cabaça verde por hectare, na forma de iscas tóxicas.

    29) SABONETEIRA (Sapindus saponaria)
    Indicação: os frutos in natura são utilizados como inseticidas e repelentes de insetos para a proteção de grãos. Seis frutos macerados são suficientes para preservar um saco de 60 kg de grãos armazenados. Os frutos, ricos em saponina, produzem espuma, sendo eficazes contra piolhos.

    30) SANTA BÁRBARA, ÁRVORE DO PARAÍSO, CINAMOMO DO SUL (Melia azedarach)
    Modo de ação: inseticida, repelente de insetos, inibidor de ingestão e crescimento, possui ação de contato e ingestão.
    -150 g de folhas secas ou 50 g de folhas ou frutos secos;
    -1 litro de água ou álcool
    Deixar em repouso a mistura de água ou álcool com folhas ou frutos da árvore, por 24 horas. Diluir uma parte deste concentrado para 10 a 20 partes de água e pulverizar. Pode ser tóxico a mamíferos por via oral.

    31) TAIUIÁ (Cerathosantes hilariana)
    Indicação: brasileirinho, cascudinho ou patriota, também conhecido como verde-amarelo (D. speciosa).
    Seus frutos são utilizados como atrativo ou isca para o inseto. Utilizar 100 iscas de taiuiá por hectare. O período de atratividade da isca é de 30 dias.

    32) TIMBÓ (Derris urucu).
    Indicação: lagartas, percevejos e pulgões.
    -60 g de pó de raiz de timbó;
    -11 litros de água fria;
    -100 g de sabão.
    Preparar uma emulsão juntando o sabão com um litro de água.
    Adicionar uma colher das de chá de soda cáustica. Levar ao fogo, mexendo bem com uma colher de pau, até a completa dissolução da mistura. Retirar do fogo e deixar esfriar até ficar morno. Junte o pó de raiz de timbó, 10 litros de água e aplique sobre as plantas logo em seguida.

    Percevejos: percevejos-barriga-verde, a) Dichelops furcatus e b) D. melacanthus; c) percevejo-raspador, Collaria scenica; d) percevejo-verde, Nezara viridula; d) percevejo-do-trigo, Thyanta perditor.

    33) TOMATEIRO (Lycopersicum esculentum)
    Indicação: pulgões.

    Receita 1
    Num frasco com capacidade para 2 litros, coloca-se meio quilo de folhas e talos de tomateiro, bem picados. Adiciona-se um litro de álcool e deixa-se em repouso por alguns dias. O material deve ser coado em um pano fino. Após a filtragem, o material que sobrar deverá ser espremido para o aproveitamento máximo. O extrato obtido deve ser guardado em frasco fechado e, de preferência, de cor escura. Para ser usado, dilui-se um copo do extrato em 10 litros de água.

    Receita 2
    Ferver por aproximadamente uma hora 25 kg de folhas e talos de tomateiro, o mais picado possível; colocar 100g de carbonato de sódio. Depois de fervido e coado, completa-se os 100 litros de água e pulveriza-se as plantas.

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