Que sorte!
… e então naquela época, depois da paixão ardente, da paixão suave, da fase dos altos e baixos, anestesiados pela rotina da existência atingimos a calmaria da indiferença.
A magia do casal estava extinta. Éramos mútuas múmias.
Qual terapia familiar, qual quê? Decidimos ir cada um à sua vida e foi o melhor que fizemos.
Retrospectivamente foi uma sorte termos ambos atingido em simultâneo o nirvana do desinteresse. Foi muito equilibrado.
Se tivesse surgido um desiquilíbrio, em que só um continuava, que tsunami de sofrimento poderia ter ocorrido.
Foi mesmo uma sorte.

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