Mais um grande Dão

Assei um pargo no forno e acompanhei com um grande vinho de uma região que é relegada para segundo plano por alguns erradamente. Os gostos de cada um, cada um é que sabe deles. O Robert Parker da Wine Spectator, por exemplo, tem feito um excelente trabalho a favor dos vinhos portugueses, mas tem o gosto preso aos vinhos encorpados e densos do Douro.
Há, no entanto, regiões que produzem vinhos caraterísticos, muito próprios, e o Dão é uma dessas regiões. Independentemente das castas utilizadas, os vinhos do Dão têm um sabor muito particular, um sabor redondo, doce e com uma acidez muito reduzida, o que os torna únicos e muito fáceis de reconhecer.

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Cardeal, Dão tinto 2009 Reserva, 13,5% de álcool, Touriga Nacional. O travo de base é o travo do Dão: redondo, adocicado e aveludado. Mas não chega a ser enjoativo, pois a idade dá-lhe uma adstringência e uma aspereza que finalizam o sabor e prendem a língua ao céu da boca. Um vinho equilibrado e cheio de sensações.


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