Tive a sensação de ser fim de semana e abri uns vinhos especiais.
AR, Alentejo tinto 2011 Reserva, 14% de álcool, Touriga Nacional, Syrah e Alicante Bouschet, com estágio de 12 meses em carvalho francês. Um vinho com um misto de sabores, onde sobressaem frutos do bosque diluídos. Nota-se bem a agrura e a acidez, de um sabor leitoso e plano que dá ao vinho um corpo de densiade média. Gostei.
Castelo d’Alba Vinhas Velhas, Douro tinto 2012 Grande Reserva, 14,5% de álcool, Tinta Amarela, Tinta Barroca, Tinta Francisca, Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional e Souzão, com estágio de 18 meses em carvalho francês novo e usado. Um vinho muito encorpado, muito doce, muito espesso, e de uma cor arroxeada escura. O sabor é tão forte como a densidade do vinho: parece geleia de amora. A acidez está bastante escondida pelo álcool, que faz sobressair a doçura. Desta forma, os sabores concentram-se todos numa faixa muito estreita do paladar: o doce. E é lá que encontramos a amora e o mirtilo, mas também algumas especiarias secas (talvez orégãos). Gostei. Gostei principalmente do facto de tanto álcool não me ter dado dor de cabeça.
Quinta de Camarate, Península de Setúbal tinto 2009, 13,5% de álcool, Touriga Nacional (48%), Aragonez (25%), Cabernet Sauvignon (16%), Castelão (11%), com estágio de 9 meses em carvalho francês. Destes 3 vinhos, o primeiro é o que tem o sabor mais equilibrado e centrado. O segundo é muito doce e este é mais áspero e amargo. Tem um sabor mais para o lado do enxofre e da pipa velha, principalmente se for bebido logo após o segundo vinho, que foi o que eu fiz. Após passar este primeiro impacto, o enxofre desaparece e fica a aspereza e a agrura, que são caraterísticas que eu procuro continuadamente nos vinhos. Por isso não deixo de beber este. Lá por trás, e para quem gosta, este vinho tembém deixa sair um sabor a frutos roxos pequenos.
Bom fim de semana
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