Isto das morais sexuais vale o que vale. Temos que viver com elas, mas pronto, não valem muito. A prova de que não valem muito é que vão mudando. Para além de certa idade, as pessoas deixam de mudar e têm uma de duas opções radicais: agarrar-se àquilo em que acreditam ou, ao invés, relativizar tudo com uma certa indiferença.
A indiferença, um direito subestimado, prefere manifestar-se pelo silêncio. Por isso, e para evitar problemas, as pessoas remetem-se ao silêncio perante as novas ortodoxias que contrariam as que lhes foram ensinadas. Vem isto a propósito do secho. Notícia do pasquim diz que uma prof abusou duns alunos na américa. Ora, é aqui que entram as ortodoxias. No meu tempo, uma prof não abusava de alunos porque, por definição, uma mulher não abusava de um homem.
Imaginem que, quando eu era puto de 15 anos, um colega meu tivesse conseguido papar a prof de matemática, que era bem boa e tinha mais 4 ou 5 anos do que nós. O que é que ele era? Sabem o que é que ele era? Era um herói nacional. Todos os colegas falariam para ele e dele com o devido respeito, como se ele tivesse fintado o Eusébio e o Cristiano Ronaldo e marcado golo. Portanto, uma mulher não abusa de um homem. Uma mulher abusar de um homem é um conceito americanóide e larilas. Homem é homem e é-o deste os 14 ou 15 anos. Tem pixa. A mulher tem buracos. Que mais é preciso para que as pessoas percebam o básico? Se alguém é vítima num processo desses é a mulher. O homem fode. A mulher leva com ele. Pode ser um bocado tradicional, mas é fácil de compreender.
Se eu tivesse papado a prof de matemática o meu papá tinha-me feito uma estátua maior que a estátua da minha liberdade. E ia a correr contar aos amigos no café que apontariam discreta e respeitosamente para mim como em Itália se aponta para um cappo. Podia até ser o início de uma carreira no mundo do crime. Podia chegar longe, podia chegar ao governo.
P.S.: Que dizer da notícia americanóide em que um aluno de 18 anos papou a prof de 25 que era uma “former miss texas contestant”? “-Coitadinho!” – diz o crocodilo à boca pequena.
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