Vinhos de viagem

Vinhos de viagem, antes que me esqueça…

Castello D’Alba, Douro tinto 2012 Reserva, 13,5% de álcool, Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional, envelhecido em barricas de carvalho francês e americano. Menos álcool que o 2001, arroxeado, áspero, ácido e doce q.b., fresco! Fantástico, melhor que o do ano passado.

Corpus, Douro tinto 2010, 13% de álcool, Touriga Nacional e Touriga Franca, vinificado em lagar e com estágio de6 meses em barricas novas de carvalho francês. Mais áspero que o anterior, excelente para dias de verão, com pratos fortes. Fresco, fresquíssimo. Adorei.

Herdade da Gâmbia, Setúbal tinto 2012, 14% de álcool, Touriga Nacional, Syrah e Aragonez. Um vinho encorpado e doce, a saber talvez a amoras, ou outros frutos densos e fortes de verão. É um vinho forte, talvez mais aconselhável para o outono do que para o verão… A Gâmbia é um dos meus locais de sonho. Sempre que passava em Águas de Moura a caminho do Algarve, há 40 anos atrás, lá estava a placa a indicar “Gâmbia” para a direita, por cima da linha do comboio, que nos acompanhava mesmo ao lado. É um sonho ainda hoje, nunca lá fui. Mas com este vinho é como se tivesse ido ou, pelo menos, dado uma espreitadela.

HFP (Herdade Fontes Paredes), Alentejo tinto 2007 Reserva, 14% de álcool, Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Syrah, fermentação em balseiro de carvalho francês, durante 12 dias, e estágio em carvalho francês e americano durante 12 meses. Sem filtração ou estabilização. Compro mais facilmente um vinho do Douro do que um do Alentejo, mas este vinho cativou-me pelo rótulo e pela idade (já tem 7 anos), e não me senti enganado. É, apesar de alentejano, um vinho fresco. Sente-se o sabor a madeira, mas não é o que mais sobressai. O que sobressai mais é a frescura e um travo que tive dificuldade em identificar, mas que me parecia iodo, ou madeiras fumadas. E a partir daí há mais uma série de outros sabores muito bem conjugados, que fazem deste um vinho de eleição.