Vinhos de um verão chuvoso – II

Cabeça de Burro, Douro tinto 2010, 14% de álcool, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca. Uma boa combinação de sabores: ácido, doce e adstringente. Um clássico.

Vila Regia, Douro tinto 2012, 12,5% de álcool. Já tínhamos bebido o 2000, o 2003 e o 2004 e depois, de repente, nunca mais vi este vinho nos escaparates. Agora voltou em grande forma e numa versão corajosa com pouco álcool, a deixar sobressair a acidez natural do vinho.

Porca da Murça, Douro tinto 2012, 13% de álcool. Mais um clássico do Douro. Clássico no nome e no sabor. Um vinho honeste que tem sabido manter a acidez ao invés de escondê-la em doçuras e corpos fictícios como muitos vi(zi)nhos “nobres” seus. Bom para acompanhar pratos fortes e gordurosos.

Faro, Bairrada tinto 2009, 14% de álcool. Um vinho do Campolargo, sem indicação das castas, mas com um Cão no rótulo… provavelmente tem Tinto Cão. Mas adiante. É um vinho que está a atingir o limite da idade. Ou o conservam numa cave fria e húmida, ou então bebem as garrafas todas. O vinho já está a ganhar um sabor a velho que se desenvolve muito rapidamente após aberto. Tive que guardar a garrafa no frigorífico – neste verão com temperaturas de 15ºC – para não se estragar e poder continuar a bebê-lo nas refeições seguintes. Mas por isso mesmo, é um vinho aconselhado pelo editor.

Fonte do Nico, Península de Setúbal tinto 2013, 12,5% de álcool, Castelão. Um clássico da região de Palmela. Áspero e simultaneamente doce, não muito trabalhado, mas ainda assim razoável, e uma boa escolha nos tempos que correm.

Evel, Douro tinto 2012, 13,5% de álcool. Outro clássico do Douro, ácido com um toque de adstringência e pouca doçura. Bom para acompanhar pratos gordos.

Hidrângeas, Douro tinto 2009, 13,5 de álcool, de cepas com mais de 60 anos. Um vinho áspero, meio encorpado, com sabor a madeira bem combinado com o travo a fruta ácida, eventualmente mirtilos. Adorei.

Domini, Douro tinto 2012, 13% de álcool. Com um sabor bastante mais novo que o anterior, desta vez talvez amoras (de silva) maduras. Mas depois, com a continuação, nota-se alguma adstringência e um toque de acidez. Bebe-se bem.


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