Vinhos de um verão chuvoso

Château Coursou, Bordeaux tinto 2010, 14% de álcool, Merlot e Cabernet Sauvignon, feito com uvas de agricultura biológica. Suave, fresco, com um toque acre, mistura bem o doce e o ácido, sem truques. Um pomadão dos antigos.

Encostas do Tua, Douro tinto 2010, 13% de álcool, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca, 10 meses em carvalho francês. Acre e doce qb, com um toque de acidez. Continua bom.

Borba, Alentejo tinto 2012, 13,5% de álcool, Aragonez e Trincadeira. De início um pouco enxofrado, mas meia hora depois já se bebe sem dificuldade. Um pouco acre e carrascão, mas era o que o dia estava a pedir. Depois de refrescado até aos 16ºC bebeu-se de penálti.

Serras de Azeitão, Península de Setúbal tinto 2012, 14% de álcool, Syrah, Aragonez, Merlot e Touriga Nacional. Doce e alcoólico, o bastante para ressonarmos o resto do dia.

Monte dos Amigos, Alentejo tinto 2013, 13,5% de álcool, Aragonez, Touriga Nacional e Syrah. Com um bom nível de acidez, compensa a novidão do vinho e amaina-lhe a doçura. Gostei.

Cozinha Velha, Alentejo tinto 2012, 13% de álcool, Aragonez, Trincadeira e Castelão. Áspero logo de início, aspereza que perdura e esconde a doçura do vinho. No dia seguinte já estava tão oxidado que parecia um vinho com 10 anos. Mas ainda assim marchou.

Portal de S. Braz, Alentejo tinto 2013, 13,5% de álcool, Alfrocheiro, Aragonez e Trincadeira. Mais denso que os anteriores, mas também com um leve toque de acidez que mata ligeiramente a doçura enjoativa típica de alguns vinhos alentejanos novos.


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