Entretanto, na Ucrânia, os EUA lutam contra o Putin que pretende kevantar o Muro de Kiev – um revivalismo do muro de Berlim – e uma abrir nova cortina de ferro para resuscitar o império soviético que o fascizóide do Gorbachev derrubou. E, neste momento, os comunistas portugueses fazem um exercício mental que a psicologia denomina de negação: não querem ver o Putin como um imperialista oriental equivalente ao Obama, e que pretende anexar os territórios perdidos na perestroika, para voltar a recriar a grande potência soviética, a Grande Mãe Rússia. Esse Putin que alimenta a guerra civil no oriente da Ucrânia, que fornece mísseis Stinger, anti-aéreas, granadas, Kalashnikovs, caixotes e caixotes de munições… Não, os comunistas portugueses acham que o povo tem estas coisas todas em casa, junto da farinha e dos ovos e que, às 11h da manhã fazem o almoço e, mais tarde, às 14h pegam num par de granadas e vão defender a pátria da invasão fascista.
Mas esse “fascismo” também é muito discutível. A única coisa que eu vi foi uma foto de um gajo com o braço direito no ar. E se ele estivesse a coçar os colhões? O que é que lhe chamavam? Tarado sexual?
Então e a Síria, onde os protagonistas são os mesmos? Rússia versus EUA. Quase um milhão de mortos e não tenho sentido a preocupação desses grandes defensores dos direitos humanos. Porquê? Porque a Síria não está no mapa soviético?
E, no entanto, morrem pessoas nas duas frentes. Inocentes. De ambos os lados da frente.
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