o elefante e a formiga

Parte I
Era uma vez uma formiga muito jeitosinha, muito pequenina, muito pequenina, que queria atravessar uma ribeira. Como era muito pequenina pediu ajuda a diversos bichos, mas todos, um por um, se recusaram a ajudá-la, pelos mais diversos motivos. Eis senão que surge um elefante enorme que não se fez rogado e lá levou a formiguinha. Quando chegaram ao outro lado da ribeira a formiguinha agradeceu, muito agradecida, e disse: “- Obrigado senhor elefante. Muito obrigado. Se não fosse o senhor elefante ainda lá estava”. Foi nessa altura que o elefante se virou para ela e disse: “-Obrigado o caraças, vamos mas é lá a baixar as cuequinhas”. Esta é uma pequena história infantil que ensina a importância da gratidão. Pois, hoje parece que a gratidão é uma qualidade cada vez mais rara.

Parte II
Hoje no Correio da manha vinha a notícia de que os partidos devem dinheiro aos bancos. Basicamente é uma notícia de merda. É claro que os partidos não devem dinheiro aos bancos. Os bancos ganharam fortunas apesar de a nossa economia estar decadente. Os bancos beneficiam de uma taxa de imposto de que nenhuma outra actividade beneficia. Os bancos cobram taxas de juro sem paralelo na UE e sem que a autoridade da concorrência os incomode, ou exista. A privatização da saúde é feita com e para os bancos. Os bancos estão na PT que sempre chupou os portugueses. Os bancos reformaram antecipadamente os seus funcionários não porque estes estivessem doentes ou inválidos, mas porque lhes apeteceu e o estado o permitiu. O Banco de Portugal deixa os bancos fazerem o que quiserem nas off-shores, como se viu no BCP. Etc, etc. etc. Que bancos estes que têm menos gratidão do que uma formiga… Os partidos que temos já deram muito aos bancos. E hão-de dar muito mais! Os partidos não devem nada aos bancos. O correio da manhã não sabe, mas deu uma notícia falsa.