É sempre bom beber vinhos à pala. As provas de vinhos são isso mesmo: vinhos à pala. Um tipo chega, bebe, come e no fim arrota. De preferência arrota do estômago e não do bolso. E depois fica à espera do convite para a próxima prova de vinhos à pala.
Vinha da Pala, Douro tinto 2008, 13,5% de álcool, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca, com estágio de 10 meses em barricas de 225l de carvalho francês. Uma bela pinga, o melhor dos 3 provados nesta maratona. Um vinho ligeiramente envelhecido pelo tempo, com muita frescura ainda. Um excelente equilíbrio entre o doce, o ácido e o adstringente. A madeira está presente, mas não se sobrepõe ao sabor das uvas. É o vinho do mês deste blog. Vou comprar duas caixas para o futuro antes que venham os 3,5% do Gaspar.
Casa Santos Lima, Lisboa tinto 2009, 13,5% de álcool, Syrah. Muito doce no início, quase enjoativo. Ao fim do primeiro dia, notam-se uns travos de amora açucarada; ao fim do segundo dia, já está menos doce: a oxidação faz-lhe bem. Acompanha bem pastéis de bacalhau e outras iguarias fritas com muito sal. Mas não é um vinho de consumo geral.
Foral, Douro tinto 2001, 13,5% de álcool, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca (entre outras). Mais acre que o anterior, bastante mais a meu gosto. Tem um sabor agreste, talvez a goiaba, que se mistura bem com a doçura e acidez, produzindo um belo vinho de consumo diário a preço acessível. Registem, que eu também vou registar.
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