redistriflacção

O aumento da remuneração do capital face à remuneração do trabalho é uma tendência bastante antiga, tão antiga que já vem da década de 60. Esta redistribuição das remunerações é do conhecimento dos economistas e dos organismos internacionais. Tem, no entanto, permanecido relativamente desconhecida do público, em parte pelo crescimento da riqueza que aumenta o bolo global a partir do qual a redistribuição é feita.

O aumento dos produtos petrolíferos gera uma pressão inflaccionária. Todos os agentes com poder negocial farão a breve prazo reflectir esse aumento nos seus preços. Fá-lo-ão de forma não proporcional ao peso dos produtos petrolíferos nos seus custos, mas de acordo com o seu poder negocial.

Nesse jogo, os oligopólios são os primeiros a ganhar. Primeiro que todos, o oligopólio das petrolíferas. Só assim se compreende que, com o aumento dos seus custos, este sector aumente os seus lucros. Os sectores que se organizarem rapidamente, como os pescadores da UE, podem conseguir defender-se. Neste jogo, a remuneração do trabalho é mais uma vez, face à remuneração do capital, o elo fraco. A inflacção que se observa não é apenas inflacção. É de facto uma redistriflacção: uma inflacção com brutais efeitos na redistribuição da riqueza. O discurso da necessidade moral de conter a inflacção é, na verdade, um instrumento para que a redistribuição se faça do modo que está a ser feita. Estejam a pau. 

do google:

A sua pesquisa – redistriflacção – não encontrou nenhum documento.

 Há gente muito macaca que nos anda a dar música


Publicado

em

por

Etiquetas:

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *