Em tempos de crise, sempre houve caçadores furtivos. Já vem dos tempos da Idade Média, lembro-me de ver referências à caça furtiva nos episódios do Robin dos Bosques que passavam na TV nos anos 60. Depois vinham os cobradores de impostos do rei João e levavam as perdizes e os coelhos que os camponeses apanhavam à revelia da lei, com laços e covas e outras técnicas que ainda usamos.
Num país de gente do mar, a pesca furtiva é também uma atividade com grande expressão na economia popular. Nomeadamente a apanha de espécies proibidas e em locais proibidos.
Com a crise e a fome generalizada que assola este país, são cada vez mais os cidadãos que sobrevivem da caça e da pesca furtiva. Desde a apanha de ratos, gatos e cães nas zonas urbanas, à apanha de perdizes, coelhos, rolas e javalis nos parques naturais, assim como polvos, marisco e sargos nas zonas protegidas.
E o Xerife de Nottingham anda por aí atrás deles, que nem meios têm para sobreviver, quanto mais para pagar as multas.
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