2% retroactivos!

Comentários

9 comentários a “2% retroactivos!”

1. 

   pco69

   Setembro 17, 2011

   Procura Equador e Islândia. Esses deram o tal murro na mesa. Mas agora estão a sofrer…

2. 

   alex

   Setembro 17, 2011

   Ó PCO, não é um murro na mesa que deve ser dado. Não é dizer “não pagamos” como disse a Islândia. É juntar a Europa, dar dinheiro aos países que precisam, assumir todas as dívidas de forma centralizada, imprimir moeda quando nos apetecer e ignorar as reclamações dos EUA e da China em relação a isso. Mesmo que o Euro baixe de cotação com essas medidas (o que eu duvido), a Europa e o próprio Euro sai muito mais forte. Não te esqueças que foi isso que os EUA fizeram na crise de 1973: criaram o conceito de petro-dólar, que era, em linguagem simples, um dólar fictício. E os EUA continuam a ser a maior economia do mundo, apesar disso. São respeitados porque não respeitam ninguém. Nós só temos que fazer o mesmo. E temos poder para isso. O problema é que a Merkel quer fazer tudo “by the book”, quer fazer tudo de cara lavada, mas isso não funciona se os outros parceiros forem todos uns aldrabões que se aproveitam de qualquer nesga menos sólida para mandar abaixo uma economia. Não é dar um murro na mesa: é dar um murro no Mundo!

3. 

   OMandelinhaDaDamaia

   Setembro 17, 2011

   Pois, mas quem tem os porta aviões são os EUA. Nós na Alemanha temos uma cripto soviética a fingir que percebe de economia de mercado, pois só a conhece “by the book”

4. 

   alex

   Setembro 17, 2011

   Mas para chegar aos porta-aviões ainda falta muito. Primeiro imprimimos moeda e resolvemos isto tudo.

5. 

   OMandelinhaDaDamaia

   Setembro 17, 2011

   É pá, não sei como é que o queres fazer, mas para dar murros ao mundo são precisos porta aviões. Pergunta aos chineses…

6. 

   alex

   Setembro 17, 2011

   É só imprimir moeda e fazer ouvidos moucos às reclamações.
   Imprimir a moeda que se quiser e dar garantias a todos os países do Euro.
   Uma Europa monetária coesa.

   Grande murro!

7. 

   Maquiavel

   Setembro 18, 2011

   … vocês sabem o que é inflaçäo?
   É o que acontece quando se imprimem notas como se näo houvesse amanhä.
   Os alemäes näo querem repetir Weimar. Eram zeros a mais que valiam de menos.

   Fazer como os EUA? É que se näo fosse o pitrol ter o preço cotado em dólares, nem os porta-avöes os safavam da hiper-inflaçäo. Mesmo com isso, a confiança internacional no dólar anda muito em baixo, precisamente por se saber que a economia deles funciona a… papel impresso! Papel impresso e do mal-cheiroso, já repararam?

8. 

   alex

   Setembro 18, 2011

   Os EUA já o fizeram. Nós também podemos fazê-lo.
   Em 73, quando inventaram o petro-dólar, ninguém reclamou a sério porque já havia dólares espalhados pelos cofres dos bancos do mundo inteiro. A ninguém interessava que o dólar desvalorizasse: era como atirar dinheiro à rua.

   Nós já podemos fazer o mesmo.

   Ou será que a Merkel está a engodar os mercados? Ou seja, deixá-los encherem-se ainda mais de euros, e vender a ideia de que o Euro é mesmo de confiança, para depois ter esses mercados completamente na mão e dar o golpe final?

   Há muitos factores que causam inflação ou deflação. E alguns deles nem sequer são económicos.

9. 

   Maquiavel

   Setembro 19, 2011

   Em 1973 o Nixon armou-se em chico-esperto e, vendo que os EUA iam entrar em calote, desligou-se do padräo-ouro, tornando o dólar completamente fiduciário: papel a dizer que tinha valor real. Inundando o mercado de dólares, consequentemente a inflaçäo disparou nos 10 anos seguintes… mas lá está, o valor do dólar foi mantido desde o início porque era necessário comprar dólares para vender petróleo, e na altura quem ditava o cämbio eram… os EUA.

   Na verdade, existe só *um* factor que causa inflaçäo. Volcker soube-o bem, e corrigiu-o, embora depois tenha sido o GreeDspan a tomar os louros. Mas adiante.

   Como a Europa näo domina o preço do petróleo, só teria as consequências más. Os critérios de convergência por acaso até säo números sensatos, a näo ser para os trafulhas de sempre. Na Europa nórdica pouco endividada, por exemplo, a norma é ter orçamentos de Estado equilibrados, com superavites. Na Europa mediterrânica já sobre-endividada, “orçamento equilibrado” e “superavite orçamental” säo conceitos de ficçäo científica.
   Pescadinha de rabo na boca.

   No Norte pensa-se que quem näo tem dinheiro näo tem vícios; no Sul pensa-se que o importante é dar obras faraónicas às empresas dos amigos e demais PPPs. Näo vez no Tugal cavaquista que, em tempos de vacas gordíssimas e com milhöes a entrar diariamente no país a dívida pública em % do PIB *nunca* baixou? Isso quer dizer que em termos absolutos… TRIPLICOU!

   Felizmente para todos, säo os países que menos contam que têm os problemas de défice e incumprimento. Ao contrário dos EUA, onde säo os “motores da economia” que andam a gripar desde há 5 anos. Se a Alemanha sequer sonhasse em meter calote aí é que o euro näo serviria nem para papel higiénico…