Os pasquins euforizaram com a notícia da aluna que agrediu a professora por causa do telele.Eu, bem que olhei para o vídeo e não vi agressão nenhuma.Não vi nada de louvável, e muito menos nenhuma aula que justifique que eu pague impostos, mas não vi nenhuma agressão.Sorry, agressão é bater, socos, pontapés e vá lá, conceda-se, com muito boa vontade, puxar os cabelos. Agressão é dar porrada, capiche? Sorry, o vídeo não tem nada disso.Claro que segundo o nosso amigo Asche todo o people está já lá a ver agressões e, depois da campanha dos pasquins, facas e pistolas. Para quem não sabe o que é porrada, porrada era o que acontecia na escola da Trafaria, em que, em 3 meses, 2 professores e um funcionário foram para o hospital com coisas partidas:omoplata, cabeças, etc. Isso é porrada. O resto são desentendimentos.
Mais interessante do que a notícia, só mesmo os seus sucedâneos. Quando já não há notícia, ou quando é preciso reforçar a sua importância,os pasquins utilizam para tal a opinião de pessoas sábias, ou seja, daqueles que são detentores de alguma autoridade (científica, legal, experiencial, etc.). Assim surgem uma data de pessoas importantes a falar da notícia,sobrepondo-se o peso da sua intervenção ao peso da própria notícia. E surgem também uma data de disparates. Disparates de eleição:
- a PGR deve tratar de todos os casos de violência escolar
- as escolas devem comunicar todos os ilícitos à PSP
Presume-se que devemos andar com níveis de criminalidade muito baixos (!) para que a PGR e a PSP tenham tempo para dedicar-se a este tipo de problemas, ou seja,
a resolver ilícitos como: o aluno que risca as paredes, que apalpa o rabo da(o) colega(o),
que dá uma chapada noutro por causa do penalti que não foi,que se recusa a dar o telemóvel, que é malcriado, ou que copia nos testes.
O destino quis que esta notícia, que estava para surgir aqui há vários dias, só hoje surgisse. Primeiro, não apareceu porque me chateia e é desprestigiante escrever sobre merdas sem interesse nenhum. Segundo, porque, aparentemente, estava terminada, se não em quantidade de notícias, pelo menos em qualidade dos intervenientes. Mesmo na pior das expectativas, na mais demente de todas, o assunto não iria subir mais de nível (depois de chegar ao PGR e à AR). Enganei-me, como sempre, agora é o PR que o toma em mãos. Não tarda nada, o próprio Deus, himself, surgirá através das nuvens exprimindo a sua indignação sobre tamanha afronta.
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